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Instituto de Química da UNESP desenvolve método de análise de proteção capilar (1 notícias)

Publicado em 29 de junho de 2007

Uma pesquisa inédita desenvolvida por pesquisadores do Centro Multidisciplinar para o Desenvolvimento de Materiais Cerâmicos (CMDMC) e da empresa Kosmoscience criou uma nova metodologia que permite avaliar o nível de proteção de xampus, condicionadores e outros produtos capilares contra os raios ultravioleta emitidos pelo sol. O trabalho recebeu um prêmio de R$ 2 mil durante o 21º Congresso Brasileiro de Cosmetologia, realizado em São Paulo, por ter sido considerado a maior inovação do setor em 2007.

Adriano S. Pinheiro, da Kosmoscience, afirma que, por seu potencial de aplicação, o trabalho teve a parceria das indústrias cosméticas brasileiras líderes de mercado. "O fator de proteção capilar traz um novo conceito que orienta o consumidor na hora da compra e diferencia os produtos. A indústria cosmética agora tem à disposição uma ferramenta científica para comprovar a eficiência dos seus produtos e demonstrar seus benefícios ao consumidor".

Élson Longo, professor do Instituto de Química (IQ) da UNESP no câmpus de Araraquara e diretor do CMDMC acrescenta que "essa metodologia agrega valor aos produtos cosméticos e constitui uma referência para o consumidor, que poderá diferenciar o fator de proteção capilar entre as várias opções oferecidas no mercado".

A fotodegradação da melanina capilar (aminoácido responsável pela coloração dos cabelos) foi examinada por meio da técnica de espectroscopia baseada na excitação e emissão de radiação eletromagnética na faixa de comprimento de ondas curtas. Foram utilizadas nesse estudo fibras capilares caucasianas (isto é, relacionadas à maior divisão étnica da espécie humana, que inclui indivíduos nativos da Europa, norte da África, sudoeste da Ásia e subcontinente indiano). "A pesquisa foi desenvolvida com o emprego das técnicas mais sofisticadas existentes nos laboratórios de nossas universidades", ressalta Longo.

A metodologia envolveu três anos de esforços da equipe formada pelos pesquisadores Lívia Maria Marcati, Manuela Sutton Mello, José A. Agnelli e Valéria M. Longo, da UFSCar; Douglas Terci e Diogo Terci, da Kosmoscience, além de Élson Longo, diretor do CDMC e José Arana Varela, pró-reitor de Pesquisa da UNESP.

O CMDMC, que reúne pesquisadores do IQ e da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), é um dos Cepids (Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão) criados pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo). A Kosmoscience é uma empresa spin off - ou seja, que utiliza e difunde o conhecimento gerado nos laboratórios universitários - ligada a esse Centro.

Fonte: Unesp