Uma boa notícia vem do mundo da pesquisa científica brasileira: o Instituto Butantan. Conhecido pela fabricação de soros e vacinas contra animais peçonhentos, obteve um grande e importante passo no combate à dengue.
Os pesquisadores brasileiros conseguiram a patente para o processo de produção da vacina contra a dengue.
Isso possui uma significação incomensurável sob diversos aspectos, já que os estudos estão em fase bem avançada e faltando pouco para chegar à população em geral.
A patente foi concedida no mês passado pelo Escritório Americano de Patentes e Marcas (USPTO) e assegurará maior visibilidade à pesquisa feita aqui no Brasil.
No entanto, os cientistas estão radiantes ao saber que o fluxo de patentes e a detenção de tecnologia para tal poderão ser alterados. Comumente, os países desenvolvidos são os que possuem, esmagadoramente, direitos na criação e no uso de pesquisas e vacinas. Com a concordância da USPTO, o Brasil poderá inverter esse fluxo e exportar essa tecnologia proveniente da vacina [VIDEO]contra a dengue para outros países.
Em comunicado, o Butantan cita que os países desenvolvidos têm feito estudos e pesquisas sobre a doença e é natural que futuramente haja uma demanda [VIDEO], objetivando a cura da doença por meio da vacina.
Atualmente, existe um grande número de cientistas que se debruçam em seus laboratórios na busca por uma solução de uma doença que correu mundo afora.
Segundo a mesma nota, o Instituto Butantan deu um passo enorme em direção à vanguarda, com a aceitação da patente nos Estados Unidos.
Recursos
Desde o início, já foram investidos cerca de R$ 224 milhões que vieram de vários órgãos, como a Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa), o BNDES, do Ministério da Saúde e do próprio Instituto Butantan.
Em sua terceira etapa, que começou em 2016, o estudo caminha e se desenvolve em 14 centros clínicos espalhados por todo o território nacional. Estima-se que 17 mil voluntários se apresentarão para colaborar no estudo. A meta é demonstrar a eficácia da vacina contra os quatro sorotipos de dengue. Ainda não existe prazo determinado para o término dos testes dessa etapa.
Segundo fontes, a vacina do instituto paulista é recomendada para pessoas de 2 a 59 anos, agregando também o grupo que nunca contraiu a doença antes. É uma boa notícia, pois indica que o organismo é obrigado a fabricar anticorpos de modo balanceado a fim de combater a dengue.
Caso haja êxito na terceira etapa, o próximo passo consistirá no pedido de registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), pois é o órgão máximo responsável por dar ou não a autorização de aplicação de vacinas no país.