Secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação do Rio de Janeiro
Ao longo da sua história, a ciência brasileira concentrou esforços na formação de recursos humanos, em geral associado a projetos de pesquisa fundamental, realizados principalmente nas universidades e em alguns centros de pesquisa. Como conseqüência, ocupamos hoje uma posição de liderança na atividade científica latino-americana e a 17ª posição no mundo.
Essa atividade criou uma massa crítica de pesquisadores que já permite ao país utilizar sua infra-estrutura técnico-científica para transformar o conhecimento gerado e o conhecimento existente em produtos e processos, a serem apropriados pelo setor produtivo, gerando emprego e renda. Para que isso ocorra com sucesso, é necessário criar estímulos para que parte do setor acadêmico se volte para a área da inovação e seja incentivada a participar da criação de microempresas de base tecnológica. Por outro lado, é preciso que o setor empresarial acredite no potencial da ciência brasileira e invista para que as idéias e os resultados das instituições científicas cheguem às empresas.
Mas é fundamental atentar para dois pontos. Primeiro, é necessário manter sempre presente o conceito de que a universidade tem como missão principal a formação de recursos humanos e a pesquisa fundamental. Segundo, urge criar mecanismos que levem as empresas a absorver parte dos quase 10 mil doutores formados anualmente.
Em todos os países, o processo de inovação tecnológica só teve sucesso quando uma série de medidas governamentais foi implementada. No caso brasileiro, ao longo de muitos anos, não contamos nem com políticas adequadas no âmbito da ciência e da tecnologia nem com clara definição de prioridades. Recentemente surgiram algumas medidas importantes, como a Lei de Inovação, a Lei do Bem e o estabelecimento de política industrial com ênfase em âncora tecnológica.
No entanto, a manutenção de elevadas taxas de juros e a não definição de uma política clara de compras governamentais continuam inibindo o setor empresarial brasileiro, principalmente as pequenas e médias empresas com potencial para desenvolverem e incorporarem avanços tecnológicos.
No contexto das políticas de apoio à inovação merece destaque o Programa de Apoio a Pesquisas nas Pequenas Empresas (Pappe), iniciativa conjunta do Ministério de Ciência e Tecnologia, através da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), com os governos estaduais. Tal programa foi inspirado em duas experiências de sucesso. O programa Parceria para Inovação Tecnológica (Pite), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e o Programa de Tecnologia na Pequena Empresa (TPE) da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj).
No Estado do Rio de Janeiro, o TPE recebeu o nome de Rio Inovação, que visa apoiar projetos de inovação tecnológica em microempresas, elaborados por pesquisadores com experiência comprovada. O objetivo é que, ao fim do projeto, surja um novo produto ou processo com potencial de mercado. No caso do produto ter sucesso comercial, os recursos investidos são devolvidos à Faperj, para financiar novas iniciativas.
Na primeira fase do Rio Inovação, iniciada em 2004, foram investidos cerca de R$7 milhões em 20 projetos. Alguns produtos desenvolvidos já estão no mercado, como o iogurte orgânico produzido pela Ecobras. Na segunda fase, lançada em 2005, 46 projetos selecionados vão receber R$ 13 milhões.
Nos próximos meses a Faperj lançará nova medida para estimular a presença de doutores nas empresas que participam do Rio Inovação. Dessa forma, o governo do Estado vem apoiando os pesquisadores e empresários fluminenses a criarem novas empresas de base tecnológica, consolidando assim um projeto integrado de desenvolvimento econômico e social sustentável.
Ao longo da sua história, a ciência brasileira concentrou esforços na formação de recursos humanos, em geral associado a projetos de pesquisa fundamental, realizados principalmente nas universidades e em alguns centros de pesquisa. Como conseqüência, ocupamos hoje uma posição de liderança na atividade científica latino-americana e a 17ª posição no mundo.
Essa atividade criou uma massa crítica de pesquisadores que já permite ao país utilizar sua infra-estrutura técnico-científica para transformar o conhecimento gerado e o conhecimento existente em produtos e processos, a serem apropriados pelo setor produtivo, gerando emprego e renda. Para que isso ocorra com sucesso, é necessário criar estímulos para que parte do setor acadêmico se volte para a área da inovação e seja incentivada a participar da criação de microempresas de base tecnológica. Por outro lado, é preciso que o setor empresarial acredite no potencial da ciência brasileira e invista para que as idéias e os resultados das instituições científicas cheguem às empresas.
Mas é fundamental atentar para dois pontos. Primeiro, é necessário manter sempre presente o conceito de que a universidade tem como missão principal a formação de recursos humanos e a pesquisa fundamental. Segundo, urge criar mecanismos que levem as empresas a absorver parte dos quase 10 mil doutores formados anualmente.
Em todos os países, o processo de inovação tecnológica só teve sucesso quando uma série de medidas governamentais foi implementada. No caso brasileiro, ao longo de muitos anos, não contamos nem com políticas adequadas no âmbito da ciência e da tecnologia nem com clara definição de prioridades. Recentemente surgiram algumas medidas importantes, como a Lei de Inovação, a Lei do Bem e o estabelecimento de política industrial com ênfase em âncora tecnológica.
No entanto, a manutenção de elevadas taxas de juros e a não definição de uma política clara de compras governamentais continuam inibindo o setor empresarial brasileiro, principalmente as pequenas e médias empresas com potencial para desenvolverem e incorporarem avanços tecnológicos.
No contexto das políticas de apoio à inovação merece destaque o Programa de Apoio a Pesquisas nas Pequenas Empresas (Pappe), iniciativa conjunta do Ministério de Ciência e Tecnologia, através da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), com os governos estaduais. Tal programa foi inspirado em duas experiências de sucesso. O programa Parceria para Inovação Tecnológica (Pite), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e o Programa de Tecnologia na Pequena Empresa (TPE) da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj).
No Estado do Rio de Janeiro, o TPE recebeu o nome de Rio Inovação, que visa apoiar projetos de inovação tecnológica em microempresas, elaborados por pesquisadores com experiência comprovada. O objetivo é que, ao fim do projeto, surja um novo produto ou processo com potencial de mercado. No caso do produto ter sucesso comercial, os recursos investidos são devolvidos à Faperj, para financiar novas iniciativas.
Na primeira fase do Rio Inovação, iniciada em 2004, foram investidos cerca de R$7 milhões em 20 projetos. Alguns produtos desenvolvidos já estão no mercado, como o iogurte orgânico produzido pela Ecobras. Na segunda fase, lançada em 2005, 46 projetos selecionados vão receber R$ 13 milhões.
Nos próximos meses a Faperj lançará nova medida para estimular a presença de doutores nas empresas que participam do Rio Inovação. Dessa forma, o governo do Estado vem apoiando os pesquisadores e empresários fluminenses a criarem novas empresas de base tecnológica, consolidando assim um projeto integrado de desenvolvimento econômico e social sustentável.