O que faz algumas empresas se tornarem ícones em seus segmentos e atravessarem décadas mantendo-se modernas e competitivas? A resposta pode ser resumida em uma palavra: inovação. O empresário que lança objetos de desejo, suscita novos interesses, desperta sonhos e faz o público sentir-se especial por consumir o que ele produz tenderá sempre ao sucesso.
Inovar não significa "inventar a roda", mas reinventá-la de modo que pareça ser mais atraente. Porém, isso demanda investimento e se a experiência der errado pode acarretar prejuízos. Para o micro e pequeno empresariado brasileiro, que responde por 99% do total de firmas existentes no país e gera mais de 50% dos empregos formais, a inovação é algo crucial, mas o acesso a ela é bem difícil.
Pelo bem da economia nacional, é imperioso apostar na inovação. Esse papel cabe ao governo, que poderá fazê-lo por meio de políticas públicas, e às universidades, instituições de pesquisa e entidades de classe, que podem e devem implantar alguns programas específicos de incentivo. É o que têm feito, com bons dividendos, a Índia e a Coreia do Sul. Seremos persistentes no objetivo de informar e capacitar os empresários sobre os instrumentos de apoio à inovação.
Por outro lado, para que a meta de aumentar os investimentos privados em pesquisa e desenvolvimento seja alcançada, o Ministério da Ciência e Tecnologia, a Finep, o BNDES, o CNPq e a Fapesp devem unir esforços para combater, em primeiro lugar, a desinformação e, em seguida, simplificar o acesso aos recursos, em especial para empresas menores.
Também devem ser ampliados os programas de extensão tecnológica, incluindo o aprimoramento do Sibratec. O Brasil não pode chegar em último nessa corrida. Afinal, como bem observou o ex-CEO da General Electric Jack Welch, "A inovação é questão de sobrevivência".
João Guilherme Sabino Ometto é vice-presidente da Fiesp e coordenador do Comitê de Mudanças Climáticas da entidade.