Pouco mais de R$ 59 milhões servirão para bancar expedições científicas na região da Amazônia por até três anos.
A chamada de propostas, segunda da “Iniciativa Amazônia+10”, vai até 30 de outubro e estará disponível no site da ação
Para quem tem pressa:
A “Iniciativa Amazônia+10” disponibilizará pouco mais de R$ 59 milhões para expedições científicas na Amazônia, com duração de até três anos;Os recursos provêm de Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (FAPs) de 19 estados brasileiros e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq);A chamada de propostas está aberta até 30 de outubro e aceita participação de instituições nacionais e internacionais;As expedições científicas devem focar na ampliação do conhecimento sobre a sociobiodiversidade e biodiversidade amazônica;Os projetos submetidos devem envolver pesquisadores de pelo menos dois dos 19 estados participantes, sendo obrigatório que um deles esteja vinculado a instituições sediadas nos estados da Amazônia Legal.
O dinheiro vai vir das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (FAPs) de 19 Estados brasileiros e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), conforme publicado pelo Jornal da USP . Instituições nacionais e internacionais podem participar da Chamada de Expedições Científicas da iniciativa.
A ação é liderada pelo Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo a Pesquisas (Confap) e pelo Conselho Nacional de Secretários para Assuntos de Ciência Tecnologia e Inovação (Consecti), que conta também com a parceria do CNPq.
Chamada para expedições na Amazônia
(Imagem: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
Neste edital, as expedições científicas devem ter foco na ampliação do conhecimento sobre a sociobiodiversidade e biodiversidade amazônica, prevendo a coleta de:
Dados;Espécimes biológicos e minerais;Peças integrantes da cultura nativa e popular.
Os projetos submetidos à avaliação devem contar com pesquisadores responsáveis de pelo menos dois dos 19 Estados cujas FAPs aderiram à chamada. Além disso, um deles deve obrigatoriamente estar vinculado a instituições com sede nos Estados da Amazônia Legal.
O edital também prevê a inclusão na equipe de pesquisa de pelo menos um integrante PIQCT (Povos indígenas, Quilombolas e Comunidades Tradicionais), detentor do conhecimento tradicional relacionado ao território que será estudado.
Dos R$ 59.250.000 previstos nesta chamada, R$ 30 milhões serão alocados pelo CNPq exclusivamente para pesquisadores com vínculo formal com alguma instituição localizada em um dos Estados da Amazônia Legal (Amazonas, Acre, Rondônia, Roraima, Pará, Maranhão, Amapá, Tocantins e Mato Grosso).
O presidente do CNPq, Ricardo Galvão, ressalta que a preservação da Floresta Amazônica e o desenvolvimento de sua economia de uma forma sustentável, não predatória, depende fortemente do conhecimento científico da região.
Na primeira chamada, pesquisadores paulistas se associaram aos de outras FAPs para o desenvolvimento de boa parte dos projetos que, atualmente, já estão em curso na região. A segunda chamada contribuirá para ampliar ainda mais a pesquisa em cooperação na busca de solução para uma região que é patrimônio do Brasil e de todo o planeta.
Marco Antonio Zago, presidente da Fapesp e ex-reitor da USP