Assessoria de Comunicação USP ESALQ
Por intermédio da AHK Câmara Brasil Alemanha, a delegação esteve na Escola onde foram recepcionados pelo vice-presidente da Comissão de Atividades Internacionais (CAInt), professor Thiago Libório Romanelli, do Departamento de Engenharia de Biossistemas (LEB). Na ocasião, representando o diretor da ESALQ, José Vicente Caixeta Filho, e a presidente da CAInt, Marisa Aparecida Bismara Regitano d"Arce, Romanelli deu as boas vindas aos visitantes e fez a apresentação da instituição.
Segundo representantes da Câmara, Torsten Stehr (Alemanha), e Ricardo Rose (Brasil), a comitiva aqui esteve interessada em fazer contatos com professores para conhecer pesquisas realizadas na ESALQ nas áreas de gestão de resíduos e energias renováveis. Para atender essa demanda, os alemães acompanharam apresentações dos professores Francides Gomes da Silva Júnior, do Departamento de Ciências Florestais (LCF), Thais Maria Ferreira de Souza Vieira, do Departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição (LAN), e Carlos Clemente Cerri, do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena/USP).
As apresentações dos professores versaram sobre qualidade da madeira, celulose, papel, biocombustíveis e bioprodutos; produtos de proteína, ciência dos alimentos e indústrias agro-alimentares; fluxo de gás de efeito estufa, sequestro de carbono, gestão de resíduos e energias renováveis.
De acordo com o vice-presidente da CAINt, a relação entre a ESALQ e a Câmara Comercial Brasil Alemanha já existe há algum tempo. "Esse ano, no mês de março, organizamos juntos um evento sobre utilização de biorrecursos na própria Câmara, em São Paulo". Para Romanelli, o mais importante disso tudo é o estreitamento entre a iniciativa privada e academia. "Nosso País, infelizmente, possui uma situação muito diferente do que se tem na Europa e nos EUA, onde muito dos recursos conseguidos para pesquisa são provenientes da iniciativa privada que é menos burocrática do que obter recursos de órgãos governamentais como CNPq, Fapesp, Capes. Acredito que a academia brasileira deva andar mais perto da iniciativa privada, porque o exercício cientifico tem a sua razão de ser pelo desenvolvimento, mas também, deve visar uma aplicabilidade, ou seja, checar quais são os problemas que a sociedade tem".
Finalizando, Romanelli acredita que algumas pessoas possam pensar que a academia está fazendo um serviço para iniciativa privada, porém, ele explica: "se os benefícios forem revertidos à sociedade como, por exemplo, deixar os alimentos ou os biocombustíveis mais baratos, isso viria ao encontro dos ideais de uma instituição pública de pesquisa".