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Folha Dirigida

Iniciação Científica pode ser o primeiro passo

Publicado em 25 junho 2007

Os mestrados e doutorados são as modalidades de pós-graduação voltadas para a pesquisa. O que poucos estudantes sabem é que as atividades de pesquisa podem ter início ainda na graduação, através da iniciação científica, que funciona como complemento à sua formação educacional. Por não ser obrigatória, a pesquisa científica passa despercebida por uma grande parte dos jovens, que perdem a oportunidade de conhecer e aplicar a metodologia científica, hoje, extremamente valorizada no mundo corporativo, sobretudo na indústria e em carreiras que lidam com inovação.

A coordenadora da Pesquisa de Iniciação Científica da Faculdade Belas Artes, Maria Augusta Justi Pisani, explica que a iniciação científica é uma atividade complementar à formação do profissional. "É o primeiro trabalho de caráter científico do educando. Além de ser útil para aqueles que desejam tornar-se pesquisadores e aprimorar o processo de pesquisa, serve para os profissionais que trabalham com a indústria, com inovações e no desenvolvimento de novos projetos", destaca.

Segundo Maria Augusta uma das vantagens em dedicar-se à iniciação científica é o fato de que o graduando terá seu trabalho científico oficialmente publicado e cadastrado no ISBN. "Uma cópia deste trabalho vai para a biblioteca do Rio de Janeiro e é indexada. No caso de periódicos o cadastro é na ISSN. Isto valoriza muito o currículo", ressalta. "Todos os pesquisadores estão inseridos em uma única plataforma, a plataforma Lattes. Esta plataforma do CNPq, que é de acesso universal, mostra o currículo de todas as pessoas que estão fazendo pesquisas e que dominam algum tema em específico", acrescenta.

Além das universidades e do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), outros órgão do governo federal como Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) incentivam a iniciação científica por meio de bolsas de estudo destinadas aos graduandos. Somente os alunos do primeiro e do último semestre do curso não podem participar, uma vez que no primeiro o jovem ainda não possui o conhecimento acadêmico adequado a esta prática e no último, não dispõe do tempo necessário para a conclusão do projeto, pois a pesquisa dura um ano e deve ser desenvolvida durante a graduação.

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), órgão da esfera estadual, também oferece bolsas de iniciação científica aos universitários. Para participar, é preciso estar devidamente matriculado em instituição reconhecida e possuir orientador com título de doutor ou equivalente, com competência e produtividade na área do projeto apresentado.