O secretário de Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro, Eloy Fernandez, vem usando na área da pesquisa acadêmica e científica o método que cientistas e intelectuais cariocas temiam que fosse empregado pelo general Nilton Cerqueira na Secretaria de Segurança.
O que o militar evitou no combate a bandidos, o civil vem executando, sem dó e piedade, com a ciência e a pesquisa: o extermínio.
Foi praticamente desativada a Fundação de Amparo à Pesquisa — Faperj —uma espécie de braço armado do governo estadual, encarregado de sustentar a batalha da pesquisa.
- Estamos no patamar zero — denuncia Gilberto Velho, do Museu Nacional e presidente da Associação de Pós-Graduação em Ciências Sociais (Anpocs).
Eleitor do governador tucano, Velho se diz frustrado e desfia episódios que caracterizam "desrespeito do governo: seminários cancelados depois de convites expedidos, projetos aprovados e, posteriormente, desmarcados e casos de gastos autorizados e não reembolsados.
Um fato recente e não menos lamentável, o governo estadual retirou apoio, para despesas de passagens e estadias, da delegação do Rio que, amanhã, só desembarcará em Caxambu, Minas Gerais - para a 19ª reunião anual da Anpocs — graças a recursos do governo federal, da iniciativa privada e até mesmo de outros estados.
Decisão que, certamente, não levou em conta, a economia para os cofres públicos. A Faperj só ia desembolsar R$ 20 mil.
Notícia
Jornal do Brasil