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Jornal do Brasil

Infecções difíceis têm antibiótico (1 notícias)

Publicado em 27 de janeiro de 1996

Por LAURIE GARRETT - Newsday
WASHINGTON - Um antibiótico recém desenvolvido pode salvar a vida de pessoas infectadas com alguns tipos de doenças bacterianas que até então não tinham tratamento. Segundo os pesquisadores, o uso do Synercid em hospitais de emergência pode ajudar pacientes que sofram de infecções de Enterococcus faecium ou Staphylococcus aureus. Normalmente, as infecções com estas bactérias mutantes são extremamente perigosas, e algumas vezes fatais. Robert Moellering Jr., da Escola de Medicina de Harvard, diz que cerca de 690 pacientes em todo o mundo já receberam o Synercid em tratamentos de emergência. Embora o remédio ainda não tenha sido aprovado nos Estados Unidos ou na Europa, os governos estão aliviando as restrições para permitir o, uso experimental da droga, salvando algumas vidas ameaçadas. O Synercid foi desenvolvido pela companhia farmacêutica Rhone-Poulenc Rorer e já está sendo adotado por veterinários na Europa. Pesquisadores americanos revelaram os resultados da pesquisa esta semana, em uma conferência internacional realizada em Portugal. De acordo com Moellering, 67% dos pacientes que sofriam de infecções de E. faecium tiveram uma boa recuperação. Já entre as vitimas da bactéria S. aureus, 78% se recuperaram com o Synercid. DIABETE DE GESTANTE É RECORRENTE As mulheres grávidas que sofrem a chamada diabete de gestação correm o risco de desenvolver esta doença mais tarde, segundo um artigo publicado no último número da revista The Lancet sobre uma pesquisa realizada nos Estados Unidos. A pesquisa foi realizada por Ruth Peters e seus colegas do Hospital para Mulheres do Condado de Los Angeles. O grupo, composto por 666 mulheres, foi acompanhado durante um período de sete anos. Destas, 146 desenvolveram a diabete não dependente de insulina. MÃOS INFIÉIS GERAM FILHOS Filhos de mães infiéis ou de mulheres com vários amantes se adaptam melhor ao mundo e têm mais chances de ter sucesso na vida, sustenta o biólogo Robin Baker, professor de Zoologia da Universidade de Manchester, na Inglaterra. Em seu novo livro, A guerra do esperma: infidelidade, conflitos sexuais e outras batalhas de alcova, a ser lançado em breve, Baker analisa os resultados de uma pesquisa com 4 mil mulheres e centenas de casais. O autor adverte que as pesquisas "não devem justificar o comportamento de alguns casais". JAPÃO QUER ENTRAR NA CORRIDA ESPACIAL O governo do Japão divulgou, esta semana, uma série de ambiciosos projetos independentes de exploração espacial. Segundo o Ministério de Ciência e Tecnologia, o país já pode empenhar-se em suas próprias missões, como os Estados Unidos e a Rússia. O documento Política Fundamental de Atividades Espaciais Japonesas prevê, para os próximos 10 anos, viagens não tripuladas à Lua. No mesmo período, serão iniciados estudos para missões tripuladas e pesquisas para a criação de um ônibus espacial que decole na horizontal. Enquanto o governo mira as estrelas, a iniciativa privada esbanja criatividade em planos subterrâneos. A corporação Fujita quer desenvolver o sistema geoplane. O esquema mostra o túnel de 56 metros de diâmetro, que seria construído entre Tóquio e Osaka, em que trafegariam veículos semelhantes a aviões, com capacidade para 400 pessoas.