As incubadoras de empresas são grandes pontes entre empreendedores e mercado. Uma pesquisa realizada em conjunto pelo Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e a Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec) mostrou que cresceu em 36,7% a quantidade de incubadoras no Brasil do ano passado para este, atingindo 283 espaços que abrigam 2.114 empresas. Em Campinas existem três incubadoras nas quais estão instaladas 42 empresas de base tecnológica.
A Companhia de Desenvolvimento do Pólo Tecnológico de Campinas (Ciatec) criou a terceira incubadora de base tecnológica no estado de São Paulo. Em 1997, ela abriu as portas para empreendedores que desejavam desenvolver projetos nessa área. No ano passado, a Ciatec abrigava 16 empresas e neste ano o número subiu para 25 companhias. As incubadas permanecem instaladas no prédio da Ciatec entre três e quatro anos. O tempo é suficiente para que os empreendedores ganhem fôlego e andem com as próprias pernas. O coordenador da incubadora da Ciatec, Décio Siborne Júnior, salientou ontem que o índice de mortalidade de empresas incubadas é de apenas 7%. "Desde a criação da incubadora, 23 empresas foram graduadas e o nosso índice de mortalidade foi zero", comemorou. Ele disse que a incubadora trabalha hoje com sua capacidade máxima. A seleção dos projetos é extremamente concorrida com a apresentação de 40 propostas.
A média de faturamento das 25 incubadas na companhia gira em R$ 1,5 milhão por mês. Juntas, as empresas já empregam 120 pessoas. A incubadora da Ciatec oferece às empresas espaço para estruturação, com todo o aparato de comunicação como internet e telefonia fixa, consultoria em serviços e apoio na participação de eventos. A contrapartida das empresas é a criação de postos de trabalho e o recolhimento de impostos para os cofres públicos.
Notícia
Correio Popular (Campinas, SP)