Ao participar da inauguração do maior armazém de amendoins do mundo, na Cooperativa dos Plantadores de Cana de Guariba (Coplana), em Jaboticabal, região de Ribeirão Preto, o governador Geraldo Alckmin destacou duas questões: a importância do cooperativismo no País e a abertura de novos postos de trabalho que esta modalidade econômica oferece.
Ele enalteceu o trabalho desenvolvido pelos dirigentes da Coplana, de estimular o plantio de outras culturas no período da entressafra, como o amendoim, soja, laranja e milho, o que garante o emprego permanente do agricultor, não ficando dependente do plantio e colheita de um só tipo de cultura, como no caso da cana-de-açúcar que predomina na região.
"O agronegócio é o negócio de São Paulo. Ele tem sido responsável pelo superávit da balança comercial no País, ajuda no crescimento da economia, no aspecto social e aumenta a oportunidade de novos empregos", disse Alckmin, "Isso mostra a competência da nossa agricultura, que enfrenta protecionismos internacionais", acrescentou.
A inauguração do armazém vai gerar mais de 400 empregos diretos. A cooperativa ocupa uma área de 240 mil metros quadrados, com o armazém instalado em 20 mil metros quadrados, o que representa 1.5 milhão de sacas de amendoim.
O presidente da Coplana, Roberto Cestari, disse que nas décadas de 60 e 70 a produção de amendoim estava em baixa, fazendo com que o País importasse o produto para a fabricação de doces. "Agora, demos a volta por cima e desde 2001 já exportamos amendoim para 12 países, entre eles a Holanda. Inglaterra, Espanha e Itália".
Ele observou que isso só foi possível devido aos investimentos maciços feitos pela Coplana como a mecanização no campo. Para reverter o processo de importação, a cooperativa enviou técnicos para outros países, que trouxeram novos conhecimentos em pesquisa e tecnologia. Destacou as inúmeras parcerias que a cooperativa fez. dentre elas a realizada com o Instituto Agronômico de Campinas (IAC). vinculado à Secretaria da Agricultura e Abastecimento.
O governador afirmou que o Estado investe muito em pesquisa, como no IAC e na Fapesp, onde destina R$1,5 milhão todos os dias. Ele destacou que trabalhos em infra-estrutura como portuária, aeroportuária e nas rodovias, durante sua gestão, têm ajudado no desenvolvimento do Brasil. "Não podemos ser um País de rentistas onde o negócio é não trabalhar, é emprestar dinheiro para o governo e rolar títulos com juros altos. Nós temos de ser o País da produção, do chão de fábrica, da agricultura, do serviço e comércio".
Encerrou dizendo sobre a necessidade de se desonerar os impostos para o setor produtivo e citou algumas ações desenvolvidas pelo Governo nesse sentido como a redução de impostos para 558 mil micro-empresas e a diminuição dos impostos para os setores calçadista, têxtil, álcool combustível.
Notícia
Jornal da Manhã (Cricíuma, SC)