Após sucessivas exposições a esses vírus ao longo da vida, o sistema de defesa se tornaria tão especializado que já não seria capaz de reconhecer e combater vírus emergentes, como o SARS-CoV-2
células de defesa (CD4+T)compatíveis com a resposta imune ao SARS-CoV-2 e aos HCOVs em amostras de sangue coletadas antes da pandemia. Estima-se que essas células existam em torno de20% a 50%da população.O próprio Damineli faz parte de um grupo de pesquisadores do
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Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina e do Instituto de Matemática e Estatística (IME), ambos da USP, que investiga respostas genômicas de crianças e adultos com quadros assintomáticos e graves de covid-19.O estudo, liderado por
Carlos Alberto Moreira Filho, professor da FM-USP, é parte de um projeto financiado pela FAPESP. O objetivo é buscar diferenças na expressão de genes em células do sangue desses pacientes que expliquem os quadros diversos da doença. “Estudos imunológicos serão críticos para esclarecer o papel da imunidade preexistente durante as infecções por covid-19”, diz Pinotti.
Os pesquisadores não descartam a chamadasenescência do sistema imune. O princípio, que até então era usado para explicar a maior suscetibilidade de pessoas mais velhas ao SARS-CoV-2, é baseado no fato de que a imunidade geral cai à medida que as pessoas envelhecem.
O novo modelo, porém, é mais preciso porque considera a variabilidade da resposta imune dentro de cada faixa etária, que tem pessoas que respondem melhor ou pior ao vírus. O modelo de senescência, por outro lado, apenas prevê a piora gradual com a idade e não considera fatores como os diferentes graus de exposição a vírus de cada indivíduo.
Pinotti lembra, contudo, que o estudo é majoritariamente teórico e suas conclusões são hipotéticas. “Em última instância, testar nossa hipótese requer dados sobre exposição aos HCOVs ao longo do tempo, o que é particularmente difícil de se obter”, diz.
O trabalho, no entanto, abre caminho para investigar a fundo o papel da proteção cruzada na imunidade ao novo coronavírus e mostra a importância de estudar a ocorrência dos HCOVs.