Ideal para a desaceleração da doença, a imunidade de rebanho é uma incerteza no cenário brasileiro. Isso porque estimativas eram feitas considerando que todas as pessoas têm a mesma chance de serem contaminadas, o que não representa a realidade do País.
Vídeo de reportagem do Jornal da Tarde, da Cultura, sobre estudo que estima que o limiar de imunidade coletiva ao novo coronavírus (SARS-CoV-2) – também conhecida como imunidade de rebanho – pode ser alcançado em uma determinada região se algo entre 10% e 20% da população for infectada. Caso a projeção se confirme na prática, os desdobramentos tendem a ser positivos em dois aspectos. Primeiro porque significa que é pequeno o risco de ocorrer uma segunda onda avassaladora da pandemia nos países que adotaram medidas para conter a disseminação da COVID-19 e hoje já registram queda no número de novos casos. Em segundo lugar porque indica ser possível para uma cidade, um estado ou um país alcançar o limiar de imunidade coletiva mesmo tendo adotado medidas de distanciamento social que ajudam a evitar o colapso do sistema de saúde e a minimizar o número de mortes. Publicado na plataforma medRxiv, ainda sem revisão por pares, a pesquisa foi desenvolvida em colaboração com pesquisadores do Brasil, Portugal e Reino Unido. Entre os coautores do artigo estão o professor do Instituto de Ciências Biomédicas da USP (ICB-USP) Marcelo Urbano Ferreira, que vem há alguns anos usando o modelo matemático para descrever a dinâmica de transmissão da malária na Amazônia brasileira, com apoio da FAPESP por meio Auxílio à Pesquisa – Projeto Temático