Cientistas da USP estão construindo réplica idêntica ao troféu do tricampeonato mundial de 1970; só não é de ouro. A confecção do troféu é realizada por meio da impressão aditiva 3D e com apoio da Fapesp. Quando pronto, o prêmio será doado à CBF.
As ferramentas necessárias para a conclusão do projeto, embora poucas em quantidade, são caras. A impressora aditiva, por exemplo, está avaliada em R$ 2 milhões, e foi construída na própria USP, a partir de tecnologia desenvolvida em colaboração com a Fapesp e a empresa de produtos mecânicos ROMI.
A Taça Jules Rimet foi a recompensa do Brasil pela vitória contra a Itália em 1970, pelo placar de 4 a 1. Treze anos depois, contudo, o prêmio foi roubado da sede da CBF, no Rio de Janeiro. Alguns dias mais tarde, teria-se a notícia de que o troféu fora fundido. Segundo estimativas, o ouro coletado valeria o equivalente a cerca de R$ 190 mil nos dias atuais. Em 1986, a Fifa ofereceu uma réplica da taça, que continua entre os prêmios guardados pela entidade até hoje.
Além da criação, o 3D pode servir para fins de reprodução e restauração. Cientistas afirmam, por exemplo, que a existência de modelos em três dimensões da Catedral de Notre Dame pode ser essencial como referência na reforma da igreja após o incêndio de abril deste ano. Afinal, tendo em mãos os detalhes em 3D do local, o que é proporcionado por essa tecnologia, engenheiros conseguem reproduzi-los muito mais fielmente.
Fonte VEJA