Com sete dias de terapia genética, ele já havia voltado a andar e deixado de sentir fortes dores
Após um mês de tratamento e observação, um conjunto de exames demonstrou a remissão de um linfoma (tipo de câncer que começa nas células do sistema linfático) em Vamberto Luiz de Castro, até então considerado um “paciente terminal”.
O mineiro de 64 anos recebeu um tratamento pioneiro, baseado em uma técnica de terapia genética exportada do exterior, mas com método 100% brasileiro.
Há cerca de 45 dias, a equipe médica constatou que o corpo de Vamberto estava tomado por tumores, mas na semana passada, grande parte deles havia desaparecido. A presença do câncer no corpo do paciente diminuiu drasticamente após o tratamento.
‘Virtualmente’ livre do câncer
A equipe multidisciplinar de médicos e pesquisadores do Centro de Terapia Celular (CTC-Fapesp-USP) do Hemocentro, ligado ao Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (SP), dizem que Vamberto está “virtualmente livre da doença”.
Entretanto, eles ainda não falam em cura porque o diagnóstico final só pode ser atestado após cinco anos de acompanhamento clínico. Nesse meio-tempo, os exames indicam a “remissão do câncer”.
Meses atrás, Vamberto tomava doses potentes de morfina e já era incapaz de andar. Os tumores se espalharam para os ossos. O mineiro chegou a fazer quimioterapia e radioterapia, sem sucesso, uma vez que seu corpo não respondia bem a nenhuma das técnicas.
Com sete dias de terapia genética, ele já havia voltado a andar e deixado de sentir fortes dores. “Cheguei a ter medo de morrer, mas em nenhum momento esse medo foi maior do que a minha vontade de viver”, disse Vamberto Castro ao Fantástico, da TV Globo.
Apoiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e pelo Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq), os pesquisadores da USP desenvolveram um procedimento próprio de aplicação da técnica CART-Cell.
Fonte: Razões para Acreditar