Baseada em absorção de luz pelos tecidos que resulta na emissão de ondas acústicas, nova tecnologia possui custo reduzido, portabilidade e segurança
Uma nova tecnologia promete aumentar o bem-estar dos pacientes oncológicos em exames de imagem para fins diagnósticos ou de acompanhamento de tratamentos. A imagem fotoacústica é de tipo híbrido, uma vez que combina laser e ultrassom para visualizar o interior do corpo, e surge como alternativa não-invasiva aos métodos convencionais. Na maioria de suas aplicações, a fotoacústica não necessita contraste e tampouco usa radiação ionizante. Além disso, o equipamento é portátil e apresenta custo inferior quando comparado a outras técnicas de imagem como, por exemplo, a ressonância magnética.
O pesquisador Diego Ronaldo Thomaz Sampaio, ex-aluno de doutorado do departamento de Física da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP orientado pelo professor Theo Zeferino Pavan, participou da elaboração dos estudos como coautor. Ele explica ao Jornal da USP que a técnica é baseada em ondas acústicas produzidas em resposta a absorção de pulsos de luz pelos tecidos. As imagens fotoacústicas podem apresentar qualidade comparável às de ressonância magnética e tomografia computadorizada, mas dispensam o uso de contraste e de radiação ionizante, que podem causar efeitos adversos à saúde de pacientes.
Três artigos publicados nas revistas cientificas IEEE Transactions on Medical Imaging, Photoacoustics e Nature Communications contaram com a participação de Diego Sampaio e buscaram estudar diferentes aplicações da imagem fotoacústica. Todos os estudos foram realizados em parceria com o University of Texas MD Anderson Cancer Center localizado na cidade de Houston, nos Estados Unidos, com suporte do programa de Bolsa de Estágio de Pesquisa no Exterior (BEPE) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Durante esse estágio no exterior, Diego Sampaio teve como supervisor o professor Richard Robert Bouchard.
Fonte: Jornal da USP