Hospital Universitário integra grupo de hospitais que analisa o uso de hidroxicloroquina no tratamento de Covid-19. Resultados devem ser divulgados entre junho e julho.
O Hospital Universitário (HU) de Londrina, no norte do Paraná, integra um grupo de hospitais do país que irá aprofundar as pesquisas sobre o uso de hidroxicloroquina no tratamento de pacientes com coronavírus. Os medicamentos chegaram ao HU e devem começar a ser utilizados nesta sexta-feira (10).
Os medicamentos serão testados em um grupo de pacientes com sintomas leves e outro com um quadro mais grave de coronavírus. Os resultados devem ser divulgados entre junho e julho. O grupo de pesquisa é coordenado pelos hospitais Albert Einstein e Hospital do Coração (HCor), ambos de São Paulo.
O estudo será feito porque a hidroxicloroquina apresentou resultados positivos no combate ao Covid-19. Agora é necessário verificar se a composição apresenta o mesmo resultado no organismo das pessoas.
"Uma das pesquisas vai estudar esse efeito em pacientes com quadros leves e moderados, a segunda pesquisa vai estudar o efeito em pacientes com quadro mais graves. Ainda estamos procurando pacientes elegíveis", explicou Cintia Grion, professora de medicina intensiva da Universidade Estadual de Londrina (UEL).
A hidroxicloroquina é usada no tratamento da malária, de forma pontual e, também para lúpus e artrite reumatoide, de forma prolongada. O Ministério da Saúde alerta que o medicamento pode causar problemas graves se administrado de forma indiscriminada.
"A hidroxicloroquina é uma droga segura para tratamento de doenças reumatológicas de forma ambulatorial. É o que a gente sabe sobre esse medicamento. Não temos muitas informações sobre o medicamento em pacientes com coronavírus, independentemente se na forma mais leve ou mais grave ou com necessidade de UTI. Até por isso trouxemos estudo para o HU, para sabermos, quando possível, o efeito real nesses pacientes", comentou Alcindo Cerci Neto, professor de pneumatologia da UEL.
Pesquisas na universidade
A UEL está entre as líderes em pesquisa científica sobre coronavírus no país, de acordo com levantamento feito pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) - uma das principais agências de fomento à pesquisa científica e tecnológica do Brasil.
A universidade tem 21 publicações sobre o tema, logo atrás da Universidade de São Paulo (USP), que tem 91, e a Universidade Estadual Paulista (Unesp), com 32.
No Paraná, são 621 confirmações e 24 mortes provocadas pela Covid-19. O número foi revelado no boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) na tarde de quinta-feira.
A Prefeitura de Londrina confirmou, nesta sexta-feira, a terceira morte por causa de coronavírus na cidade. A vítima é um homem de 71 anos, que estava internado no Hospital Universitário.
Medicamento é distribuído para regionais de saúde
Com a autorização do Ministério da Saúde, a Secretaria Estadual de Saúde do Paraná distribuiu cloroquina para as 22 regionais de saúde para utilização no tratamento de pacientes com Covid-19.
Entre os dias 27 de março e 2 de abril, 24 unidades de saúde do estado, entre elas hospitais de referências para o tratamento da doença, receberam os medicamentos que poderão ser usados após prescrição médica e em casos graves. Veja a nota orientativa.
Recomendação de utilização
A recomendação do Ministério da Saúde é utilizar a cloroquina e hidroxicloroquina no tratamento de formas graves, em pacientes hospitalizados. As duas substâncias não devem ser os únicos tratamentos.
O Ministério da Saúde justifica que a utilização se deve porque ainda não há outro tratamento eficaz disponível. As substâncias estão presentes em medicamentos contra a malária, reumatismo, inflamação nas articulações, lúpus, entre outros.
Mesmo com a recomendação do Ministério da Saúde, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que, mesmo que a cloroquina seja um medicamento promissor no tratamento, não há evidências científicas suficientes para assegurar a eficácia e a segurança deste remédio para o uso de Covid-19. Entre a comunidade científica, não há um consenso sobre o assunto.
Apesar da liberação, o Ministério da Saúde ressaltou que os resultados obtidos após o uso da cloroquina ou da hidroxicloroquina devem ser interpretados com cautela.
A automedicação não é recomendada. As fórmulas só poderão ser usadas respeitando critérios técnicos e médicos.
Os medicamentos serão testados em um grupo de pacientes com sintomas leves e outro com um quadro mais grave de coronavírus. Os resultados devem ser divulgados entre junho e julho. O grupo de pesquisa é coordenado pelos hospitais Albert Einstein e Hospital do Coração (HCor), ambos de São Paulo.
O estudo será feito porque a hidroxicloroquina apresentou resultados positivos no combate ao Covid-19. Agora é necessário verificar se a composição apresenta o mesmo resultado no organismo das pessoas.
"Uma das pesquisas vai estudar esse efeito em pacientes com quadros leves e moderados, a segunda pesquisa vai estudar o efeito em pacientes com quadro mais graves. Ainda estamos procurando pacientes elegíveis", explicou Cintia Grion, professora de medicina intensiva da Universidade Estadual de Londrina (UEL).
A hidroxicloroquina é usada no tratamento da malária, de forma pontual e, também para lúpus e artrite reumatoide, de forma prolongada. O Ministério da Saúde alerta que o medicamento pode causar problemas graves se administrado de forma indiscriminada.
"A hidroxicloroquina é uma droga segura para tratamento de doenças reumatológicas de forma ambulatorial. É o que a gente sabe sobre esse medicamento. Não temos muitas informações sobre o medicamento em pacientes com coronavírus, independentemente se na forma mais leve ou mais grave ou com necessidade de UTI. Até por isso trouxemos estudo para o HU, para sabermos, quando possível, o efeito real nesses pacientes", comentou Alcindo Cerci Neto, professor de pneumatologia da UEL.
A UEL está entre as líderes em pesquisa científica sobre coronavírus no país, de acordo com levantamento feito pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) - uma das principais agências de fomento à pesquisa científica e tecnológica do Brasil.
A universidade tem 21 publicações sobre o tema, logo atrás da Universidade de São Paulo (USP), que tem 91, e a Universidade Estadual Paulista (Unesp), com 32.
No Paraná, são 621 confirmações e 24 mortes provocadas pela Covid-19. O número foi revelado no boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) na tarde de quinta-feira.
A Prefeitura de Londrina confirmou, nesta sexta-feira, a terceira morte por causa de coronavírus na cidade. A vítima é um homem de 71 anos, que estava internado no Hospital Universitário.
Com a autorização do Ministério da Saúde, a Secretaria Estadual de Saúde do Paraná distribuiu cloroquina para as 22 regionais de saúde para utilização no tratamento de pacientes com Covid-19.
Entre os dias 27 de março e 2 de abril, 24 unidades de saúde do estado, entre elas hospitais de referências para o tratamento da doença, receberam os medicamentos que poderão ser usados após prescrição médica e em casos graves. Veja a nota orientativa.
A recomendação do Ministério da Saúde é utilizar a cloroquina e hidroxicloroquina no tratamento de formas graves, em pacientes hospitalizados. As duas substâncias não devem ser os únicos tratamentos.
O Ministério da Saúde justifica que a utilização se deve porque ainda não há outro tratamento eficaz disponível. As substâncias estão presentes em medicamentos contra a malária, reumatismo, inflamação nas articulações, lúpus, entre outros.
Mesmo com a recomendação do Ministério da Saúde, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que, mesmo que a cloroquina seja um medicamento promissor no tratamento, não há evidências científicas suficientes para assegurar a eficácia e a segurança deste remédio para o uso de Covid-19. Entre a comunidade científica, não há um consenso sobre o assunto.
Apesar da liberação, o Ministério da Saúde ressaltou que os resultados obtidos após o uso da cloroquina ou da hidroxicloroquina devem ser interpretados com cautela.
A automedicação não é recomendada. As fórmulas só poderão ser usadas respeitando critérios técnicos e médicos.