Vamberto Luiz de Castro chegou a ser considerado um paciente terminal, mas foi o primeiro a receber novo tratamento e teve melhora expressiva com alta em outubro. Neste mês, morreu vítima de traumatismo encefálico após uma queda em sua casa
O servidor aposentado chegou ao Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto em setembro deste ano. Vamberto passou por procedimento com utilização de células CAR T. O funcionário público aposentado foi o primeiro paciente na América Latina a ser tratado pelo método, que consiste na retirada de um tipo de linfócitos da categoria T (células de defesa), do sangue do paciente, modificá-los geneticamente em laboratório e recolocá-los no organismo, agora com capacidade para combater a doença.
No Brasil, o procedimento foi desenvolvimento por técnicas exclusivamente nacionais com apoio da USP, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Ministério da Saúde, portanto, pode ser utilizado por pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). O principal problema, porém, pode ser o custo. A produção das células e todo o tratamento, nos Estados Unidos, chega a US$ 1 milhão, aproximadamente R$ 4 milhões.