Em 1948, havia 20 mil revistas científicas em todo o mundo. Em 1979, o número passou para 100 mil, saltando para 890 mil em 1998. Projeções apontam que, no ano 2000, o número de publicações especializadas pode chegar a 1 milhão, tornando quase impossível administrar o crescimento exponencial de toda essa informação. Por isso, estão sendo criados mecanismos para organizar essa explosão de periódicos científicos. Um deles, o Programa Biblioteca Eletrônica (ProBE), foi lançado, em maio último, no auditório da Fundação de Amparo à do Estado de São Paulo (Fapesp). "Ao viabilizar mais este programa, estamos cumprindo nossa missão de criar novas oportunidades para a comunidade científica do Estado de São Paulo", disse, na ocasião, Carlos Henrique de Brito Cruz, presidente da Fapesp.
Na cerimônia, foram assinados dois contratos. O primeiro estabelece um consórcio entre USP, UNESP, Unicamp, Unifesp, UFSCar e o Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (Bireme), que será a base operativa do ProBE. O reitor Antônio Manoel dos Santos Silva assinou o documento, pela UNESP. O segundo contrato, assinado entre a Fapesp e a Elsevier Science Inc., disponibilizará os 606 títulos desta editora holandesa, especializada em publicações científicas, aos pesquisadores ligados às instituições consorciadas. Isso ocorrerá por meio da ANSP, a rede que é a via de conexão à Internet de todas as instituições vinculadas ao sistema de ciência e tecnologia do Estado de São Paulo. "O ProBE permitirá o acesso a esses periódicos de 11500 docentes e 114 mil alunos de graduação e pós-graduação das três universidades estaduais paulistas e das duas federais", explicou a coordenadora operacional do ProBE, Rosaly Fávero, diretora técnica do Sistema Integrado de Bibliotecas da USP.
As vantagens do ProBE, segundo Rosaly, estão na maior rapidez de pesquisa, na redução da duplicidade de coleções assinadas em papel, na possibilidade de acesso múltiplo por vários usuários e na ampliação do universo bibliográfico do pesquisador. "O programa também elimina a necessidade de ampliar o espaço físico para guardar as revistas na versão em papel", acrescenta. "Estamos entrando em contato com outras editoras de publicações científicas internacionais para elevar a base de dados do ProBE, que entra agora numa fase de capacitação de recursos humanos, de operacionalização e de difusão do sistema", sinaliza.
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Jornal da Unesp