Com larga produção nacional e presente em todos os postos do país, o etanol pode ser a porta de entrada para a entrada do Brasil na mobilidade elétrica. O derivado da cana de açúcar pode ser usado na produção de hidrogênio e eletricidade, dispensando investimentos em logística para o gás e aproveitando a infraestrutura já existente no país.
Um grupo de cientistas do Instituto de Química de São Carlos (IQSC), da USP, participou de pesquisa para entender meios de utilizar o biocombustível como ponto de partida para a produção de hidrogênio e eletricidade. A investigação se dá pelo Centro de Pesquisa financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e pela Shell.
Entre as fontes de produção de hidrogênio no mundo está a reforma eletroquímica. Nela, o processo trabalha com a oxidação de álcoois e redução da água. A tecnologia passou a ser usada há cerca de dois anos e é empregada pelos pesquisadores de São Carlos.
“O hidrogênio é o combustível do futuro, mas o etanol não fica atrás nessa corrida. Juntos, eles podem dar ao Brasil um papel de protagonismo na luta por um combustível verde”, diz o engenheiro químico Hamilton Varela, Coordenador do Projeto e também diretor do IQSC.
(Foto: )