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Grupo de universidades irá elaborar soluções para crise (1 notícias)

Publicado em 04 de fevereiro de 2015

Agências

 

São Paulo - Um grupo de pesquisa, formado por sete universidades de ensino público em São Paulo, irá elaborar planos de contingência e soluções técnicas para a crise hídrica. O Painel Técnico Acadêmico, anunciado ontem, inicia suas atividades na próxima terça-feira, 10, e será formado por especialistas de cada instituição.

 

De acordo com a reitora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Soraya Smaili, a proposta é desenhar planos para colaborar com iniciativas governamentais na questão dos recursos hídricos. "Os estudos devem criar propostas e soluções a curto, médio e longo prazo, além de apoiar medidas de educação ambiental", afirma.

 

Essas soluções, segundo Soraya, servirão tanto para o funcionamento das próprias universidades e quanto para as cidades em geral. "Algumas universidades têm tamanho de uma cidade. Cada uma delas congrega milhares de pessoas, que por suas vezes irão subsidiar os planos de educação", afirma.

 

Fazem parte do grupo três instituições paulistas - Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual Paulista (Unesp) e Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) - e quatro federais - Universidade Federal do ABC (UFABC), Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), e Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), além do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP). A iniciativa tem apoio da Rede Nossa São Paulo.

 

Base de dados

 

Segundo a reitora da Unifesp, todo o conteúdo elaborado pelo grupo de pesquisa formará uma base de dados para compartilhamento de informações, tanto para especialistas quanto para a população. "Entendemos que uma parte fundamental desse trabalho é levar à sociedade os dados relativos aos estudos. Podemos transmitir para a população informações sobre medidas simples que não estão sendo tomadas".

 

Para compor o estudo, o painel irá solicitar dados dos governos e de gestores de recursos hídricos. Segundo Soraya, ainda não é possível saber se essas informações serão o suficiente para elaborar as ações. "Nós precisamos de mais informações sobre o rodízio - se terá ou não, quanto tempo será e como serão abastecidas as instalações de ensino - para então realizarmos uma previsão e um estudo de impacto".

 

Pesquisa e infraestrutura

 

Soraya afirma que, devido à falta de recursos das universidades, o grupo necessitará de financiamento vindo das agências de fomento a pesquisas, como a Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (Fapesp), a CNPq e o Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). "Porém, precisamos de outros recursos para a adequação de infraestrutura".

 

A reitora afirma que uma das principais adequações será nas instalações de hospitais universitários. "O Hospital São Paulo [da Unifesp] está passando por diversos diagnósticos para busca de soluções contra a falta d'água, para que continue a atender a população sem interrupção. O hospital tem cisterna, e o maior desafio agora é avaliar quanto tempo o estoque vai durar."