Sete pesquisadores da Universidade de São Paulo da cidade de São Carlos, ao perceber a falta no mercado brasileiro de equipamentos ópticos nacionais, decidiram criar, em 1998, a MMoptics. Formada por engenheiros, físicos e técnicos em geral, a MMoptics consumiu investimentos iniciais de R$ 50 mil, e atualmente registra uma receita anual de R$ 900 mil.
A idéia da MMoptics surgiu após o engenheiro, Fernando Ribeiro, atual diretora MMoptics, ter defendido uma tese de mestrado no Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos, USP. "A minha tese e os demais trabalhos realizados pelos pesquisadores contribuíram para a fundação da MMoptics. Percebermos que havia uma lacuna no mercado brasileiro em equipamentos de óptica aplicada. Todos eram importados e muito caros", diz Fernando Ribeiro.
A MMoptics, com 12 funcionários, está voltada à fabricação de equipamentos ópticos, de microscopia e opto-eletrônicos de precisão. Entre eles estão aparelhos usados para a saúde bucal de pessoas submetidas às seções de radio e quimioterapia.
Os principais clientes da MMoptics são os hospitais Sírio Libanês, Darcy Vargas, além de consultórios odontológicos e clínicas espalhadas no País.
FOTONMED
A MMoptics e mais quatro pesquisadores do Instituto de Pesquisa da USP de São Carlos fundaram no final do ano passado a Fotonmed, empresa que irá comercializar equipamentos e remédios para a aplicação da terapia fotodinâmica (TFD) no tratamento de câncer.
Atualmente, esse novo tratamento aguarda a aprovação do Ministério da Saúde para ser aplicado no País.
A Fotonmed consumiu investimentos iniciais de R$ 60 mil, e seus oito funcionários utilizam a infra-estrutura da MMoptics para o desenvolvimento de produtos. A Fotonmed finalizará seu primeiro equipamento nos próximos três meses. O produto será vendido por cerca de R$ 15 mil, seis vezes mais barato que o similar importado.
Fabiana Pio
Notícia
DCI