Pesquisador da USP vistoriam a orla da Massaguaçu
Um grupo de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), do Instituto de Pesquisas Ambientais (IPA) participou nesta sexta-feira de uma avaliação da área costeira em Caraguatatuba, entre as praias da Massaguaçu e Mococa, todas na região norte. Pela Prefeitura de Caraguatatuba, estiveram presentes agentes da Defesa Civil e representantes da Secretaria de Meio Ambiente, Agricultura e Pesca.
A avaliação foi agendada pela Profª Dra Célia Regina de Gouveia Souza, coordenadora da Plataforma de Comunicação de Riscos Costeiros para o Litoral de São Paulo (Redecost), uma das maiores especialistas em erosão praial do país.
Massaguaçu e Mococa estão entre as praias mais atingidas pelo avanço da maré e ressacas no Litoral Norte. O grupo fez um reconhecimento dos pontos de erosão ao longo na orla para avaliar os riscos e medidas que podem ser adotadas para evitar situações mais graves.
Para os participantes, a situação na Massaguaçu é crítica e a preocupação é que as obras de recuperação dos trechos já afetados pelas ressacas causem problemas mais sérios.
“Sabemos que a construção da estrada não foi responsável por essa situação, mas sim um processo natural que tem aumentado ao longo de 20 anos e agora com mais frequência”, explicou a Profª Dra Célia Regina de Gouveia Souza.
Com base na vistoria, o grupo vai indicar medidas que possam contribuir para a contenção e riscos de mais erosões na área costeira. Na Mococa, vários quiosques foram destruídos pelo avanço da maré nos últimos dois anos.
Alerta Ressacas
Paralelamente a esse trabalho, o IPA também desenvolve um sistema para monitoramento de formação de ressacas. O ‘Alerta Ressacas’ conta com financiamento da Fapesp e tem por objetivo avisar com antecedência a formação dessas ressacas que conforme a Profª Dra Célia Regina de Gouveia Souza, que também coordena esse projeto, tem ocorrido com mais frequência.
“A iniciativa surgiu de se fazer um Plano Preventivo da Defesa Civil (PPDC) para erosão uma vez que ressacas também podem envolver deslizamentos, enchentes, alagamentos”. A modelagem será online, em tempo real, para que a população costeira e mesmo banhistas possam tomar os cuidados necessários.