Trata-se da exploração cênica do mito de Helena, a mulher vadia, erótica, sexualmente ativa. Em meu corpo de atriz são experimentados marcadores de feminilidade e de masculinidade, justamente questionando a dualidade. Tão ambígua quanto Helena, a cena teatral é considerada um campo fértil para a flexibilização do fazer gênero, da performatividade de gênero.
Passando pelos dispositivos Drag (Queen, King e Faux) e por algumas simbologias ligadas a feminino e masculino, experimentei outras obras de arte e outros corpos intérpretes para sintetizar o que por fim soou relevante no mito de Helena. Nasce HELENA VADIA: um formato híbrido entre conhecimento do teatro e conhecimento acadêmico (cuidando para não cair na dualidade mais uma vez).
A peça nasceu Helena Vadia nasce em Barão Geraldo, distrito de Campinas-SP, como parte da pesquisa de mestrado de Pâmella Villanova em Artes da Cena pela Unicamp, intitulada “Feminilidade dissonante em cena: uma exploração andrógena e vadia do mito de Helena”, com orientação da Profa Dra Verônica Fabrini e financiamento da FAPESP (Fundação de amparo à pesquisa do estado de São Paulo).
Entre 2014 e 2015, o espetáculo roda por 10 estados brasileiros (São Paulo, Goiás, Santa Catarina, Minas Gerais, Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Pará), em cerca de 40 apresentações públicas gratuitas, em contato com coletivos feministas e LGBTs, instituições de ensino e eventos artísticos.
Em Londrina, terá duas apresentações: na OKUPA MARL dia 20/08 às 19h Av Duque de caxias, 3242 na UEL, no CineCequinha, próximo ao prédio do CCH dia 1/09 às 17h30min.