A Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental é o evento audiovisual dedicado a temas socioambientais mais importante da América do Sul. Por conta do isolamento social motivado pela pandemia de coronavírus, esta 9ª edição será realizada totalmente online, em agosto. Mas, para não deixar de marcar sua tradicional presença durante a Semana do Meio Ambiente, a Mostra terá uma versão especial entre os dias 3 a 9 de junho, por meio da plataforma Videocamp e com acesso gratuito.
Ou seja, se você sempre quis acompanhar a Mostra, mas nunca conseguiu, talvez este ano esteja mais fácil, ao alcance do seu computador, celular ou smart TV. “A 9ª edição da Mostra Ecofalante foi transferida de junho para agosto por questões operacionais, mas não poderíamos deixar a Semana do Meio Ambiente passar em branco, especialmente neste momento em que a pandemia e a crise política e econômica têm amplificado os problemas socioambientais no Brasil e no mundo”, diz Chico Guariba, diretor da Ecofalante. “A Mostra já faz parte do calendário da cidade de São Paulo e, com esta edição online, podemos expandir o público e o debate para todo o Brasil”.
A partir dos filmes apresentados, serão debatidos os temas de conservação ambiental, mudanças climáticas, economia e saúde. Os encontros serão transmitidos ao vivo pelo YouTube e pelo Facebook, contando com as presenças dos cineastas Fernando Meirelles, Jorge Bodansky e Estevão Ciavatta; dos jornalistas Flávia Guerra, Mariluce Moura (Revista Fapesp) e Claudio Angelo (Observatório do Clima); de Adriana Ramos (Instituto Socioambiental), Paulo Artaxo (cientista, professor da USP), Ladislau Dowbor (professor de economia da PUC-SP) e Silvio Caccia Bava (Le Monde Diplomatique Brasil).
Acompanhe a programação:
3 de junho (quarta-feira)
19h00 – Abertura com o diretor da Ecofalante, Chico Guariba e a diretora-presidente da Spcine, Laís Bodanzky.
19h30 – Filme: “Ruivaldo, o Homem que Salvou a Terra”– Jorge Bodanzky e João Farkas (Brasil, 2019, 43 min, livre) – disponibilizado até o final do dia 09/06 (terça-feira).
A produção focaliza Ruivaldo Nery de Andrade, que ganhou destaque como um soldado na linha de frente da batalha pela proteção do meio ambiente. Acompanhando o dia a dia de esforços para sobreviver de Ruivaldo, o documentário, aborda as consequências do assoreamento do Rio Taquari (Mato Grosso do Sul).
4 de junho (quinta-feira)
17h00 – Filme: “Golpe Corporativo” – Fred Peabody (“The Corporate Coup d’Etat”, Canadá/EUA, 90 min, 2018, livre) – disponibilizado até o final do dia 9/06 (terça-feira).
A obra parte de um tema político / histórico complexo e cria uma poderosa experiência cinematográfica que explica como o presidente Donald Trump é o resultado de políticas globalistas neoliberais fracassadas e de um “golpe”, no qual corporações e bilionários foram capazes de gradualmente assumir o controle do processo político nos Estados Unidos e em outros países.
17h00 – Filme: “Ebola: Sobreviventes” – Arthur Pratt (“Survivors”, EUA, 83 min, 2018, 12 anos) – disponibilizado até o final do dia 9/06 (terça-feira).
O longa-metragem traça um retrato dos heróis da Serra Leoa ao enfrentar o Ebola durante uma das mais agudas emergências de saúde pública dos tempos modernos. A produção acompanha as histórias de três personagens no epicentro da epidemia: um motorista de ambulância, um menino de rua e uma enfermeira do centro de tratamento de ebola.
19h00 – Debate com Jorge Bodanzky e João Farkas, diretores de “Ruivaldo, o Homem que Salvou a Terra” e mediação de Flávia Guerra.
5 de junho (sexta-feira)
15h00 – Debate “O papel do cinema na comunicação de questões socioambientais” com os diretores Fernando Meirelles, Jorge Bodanzky, Estêvão Ciavatta e Walter Salles (a confirmar) e mediação de Flávia Guerra.
17h00 – Filme: “Amazônia Sociedade Anônima” – Estevão Ciavatta (Brasil, 72 min, 2019, livre) – disponibilizado por 24 horas, até às 17h00 do dia 6/06 (sábado).
O filme registra uma união inédita entre índios e ribeirinhos para salvar a floresta de máfias de roubo de terras e desmatamento ilegal. A obra mostra a resistência a invasões na Terra Indígena Sawré Muybu, entre os municípios de Itaituba e Trairão, no Pará, onde vivem cerca de 200 indígenas, além de populações ribeirinhas.
19h00 – Debate “Conservação: Ataque ao Meio Ambiente e aos Povos Tradicionais”, com
Adriana Ramos (ISA), mediação de Claudio Angelo e outros nomes a confirmar.
6 de junho (sábado)
17h00 – Filme: “A Grande Muralha Verde” – Jared P. Scott (“The Great Green Wall”, Reino Unido, 92 min, 2019, livre) – disponibilizado por 24 horas, até às 17h do dia 7/06 (domingo).
O filme acompanha Inna Modja, cantora e ativista do Mali, em uma jornada épica pela grande Muralha Verde da África —uma iniciativa ambiciosa para fazer crescer um “muro” de oito mil quilômetros de árvores que se estende por toda a largura do continente para restaurar a terra e fornecer um futuro para milhões de pessoas.
19h00 – Debate “Mudanças Climáticas: desertificação, conflitos, migrações e outros impactos imediatos”, com Fernando Meirelles, Paulo Artaxo, mediação de Daniela Chiaretti (a confirmar).
7 de junho (domingo)
19h00 – Debate “System Error: como o atual sistema econômico leva à destruição ambiental, ao fim do trabalho digno e ao abalo da própria democracia”, com Ladislau Dowbor, Sueli Carneiro (a confirmar) e mediação de Silvio Caccia Bava.
8 de junho (segunda-feira).
19h00 – Debate “Saúde – Como Comunicar em Tempos de Crise Sanitária e Fake News?”, com Douglas Rodrigues, Átila Iamarino (a confirmar) e mediação de Mariluce Moura.