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Governo do Estado apresenta ações estratégicas para consolidar Plano de Ação Climática de SP, o PAC 2050 (2 notícias)

Publicado em 30 de agosto de 2022

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Agência Indusnet Fiesp

Em reunião conjunta da Fiesp com a Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo (Sima), realizada na última quinta-feira (25/8), representantes da Secretaria de Meio Ambiente apresentaram as ações estratégicas para a consolidação do Plano de Ação Climática (PAC), que tem como foco alguns setores considerados prioritários: transporte; agricultura, florestas, usos da terra (AFOLU); energia; resíduos sólidos urbanos; indústria e uso de produtos (PIUP).

De acordo com o secretário de Meio Ambiente, Fernando Chucre, o objetivo do PAC-2050 é contribuir para o cumprimento dos compromissos nacionais junto ao Acordo de Paris, impulsionando o progresso para uma economia de baixo carbono e um futuro mais resiliente e sustentável, além de engajar e ouvir as sugestões dos diferentes segmentos do setor produtivo para a consolidação do Plano do Estado.

Segundo o subsecretário, Eduardo Trani, o governo aderiu às campanhas da ONU “Race to Zero” e “Race to Resilience”, e, portanto, há uma coexistência articulada com os Planos de Ação Climática, Adaptação, de Energia e Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE). Trani explicou também que já há parcerias formalizadas e, algumas, em andamento. As parcerias visam definir os caminhos, buscar oportunidades e superar desafios para a descarbonização da economia paulista até 2050.

José Amaral, secretário executivo, reforçou com os presentes à reunião que para a implementação do plano o mercado de carbono é ferramenta fundamental para o cumprimento das metas pelos vários setores. Amaral também tratou da importância do envolvimento das pequenas e médias empresas e disse que discussões já estão sendo realizadas com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) para essa finalidade.

Para o diretor titular do Departamento de Desenvolvimento Sustentável (DDS) da Fiesp e do Ciesp, Nelson Pereira dos Reis, a indústria tem importante papel nas ações a serem desenvolvidas para a descarbonização e deve atuar em parceria com os órgãos governamentais.

Também presente à reunião, o professor Paulo Artaxo, membro do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), chamou a atenção sobre a necessidade urgente de redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE) em todos os setores da economia. E acrescentou que os setores mais eficientes em emissões terão vantagens estratégicas em um planeta onde as emissões de carbono terão de ser reduzidas muito rapidamente. Ainda ressaltou que o PAC prevê uma construção conjunta entre governo e setores, no qual as metas precisarão ser ajustadas periodicamente.

Por fim, o secretário Fernando Chucre enfatizou que conta com a habitual parceria da Fiesp para a realização dessa interlocução entre SIMA e setores produtivos a fim de receber contribuições para o aprimoramento do PAC-2050.

Também participaram da reunião os professores Carlos Américo Pacheco e Gilberto De Martino Jannuzzi da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), além de entidades dos setores produtivos, diretores e conselheiros da Fiesp.