O Ministério da Ciência e Tecnologia defende a descentralização dos recursos do setor. Para o ministro, o grosso dos investimentos está concentrado no eixo Rio-São Paulo. E por isso, de acha que é necessário 'racionalizá-los', dando mais atenção aos estados do Norte e Nordeste.
Verificando os indicadores mais recentes do Ministério sobre os gastos com pesquisa científica, compreende-se a preocupação do ministro: em 2000, SP e RJ receberam juntos, 50,3 por cento dos investimentos em bolsas e no fomento à pesquisa do CNPq. Os dois estados também concentram a maioria dos pesquisadores. Dos 60.642 cientistas do país contabilizados pelo Ministério da C&T, 16.789 estão em SP e outros 7.348 no Rio, somando 39,8 por cento do total.
Pioneiro na criação de uma Fundação de Ciência Tecnologia, o estado de São Paulo tem o melhor fomento à pesquisa científica e tecnológica. É o que mais rapta recursos do governo federal na área. Desde 1960, todos os governos de São Paulo têm repassada, mensalmente 1 por cento do ICMS, para a FAPESP, o que tem garantido o financiamento de programas científicos pela fundação.
Um desenvolvimento que chega também às universidades públicas estaduais (USP, Unep e Unicamp), que há 40 anos possuem a melhor estrutura universitária do Brasil, chegando a deter 50 por cento de toda a produção científica do país.
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