O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciaram nesta terça-feira (25), em Brasília, a produção em larga escala da primeira vacina totalmente nacional contra a dengue. Desenvolvida pelo Instituto Butantan, a expectativa é que o imunizante esteja disponível a partir de 2026, com 60 milhões de doses anuais, podendo ser ampliadas conforme a demanda e a capacidade produtiva.
A nova vacina será aplicada em dose única e poderá beneficiar a população de 2 a 59 anos. “A gente espera, em dois anos, poder vacinar toda a população elegível”, afirmou a ministra da Saúde, durante cerimônia no Palácio do Planalto. No entanto, idosos ainda não poderão receber o imunizante. Nísia explicou que, por questões de segurança e eficácia, há sempre um cuidado especial com essa faixa etária durante as fases de testes clínicos.
O imunizante aguarda aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que recebeu o pedido de registro em dezembro de 2024. Há cerca de duas semanas, a agência solicitou informações e dados complementares ao Instituto Butantan para finalizar a análise. Apesar disso, a Anvisa já concluiu, de forma antecipada, a avaliação dos dados de qualidade, segurança e eficácia apresentados até o momento.
A produção da vacina nacional representa um avanço significativo para o Brasil no combate à dengue, que tem registrado altos índices de casos nos últimos anos. Atualmente, as opções disponíveis no país são importadas e exigem mais de uma dose para imunização completa. A expectativa é que a versão nacional amplie o acesso à vacina e fortaleça as ações de controle da doença.