Um grupo de 22 governadores liderado por Renato Casagrande (PSB-ES) lançou nesta quinta-feira, na COP26, em Glasgow, o “Consórcio Brasil Verde”. Os governadores assinaram compromissos para atingir a neutralidade em carbono. “Percebo nos contatos que fizemos, que temos possibilidades reais de financiamento de projetos de adaptação”, disse ao jornal Valor o presidente do consórcio, Renato Casagrande (ES).
Até o momento, 22 governadores aderiram ao consórcio, e a expectativa é de que todos os 27 venham a participar. O consórcio foi criado em 2019, no âmbito do Fórum de Governadores.
O governador de São Paulo, João Dória (PSDB-SP), havia anunciado o projeto Amazônia + 10, que prevê investimento de R$ 100 milhões em pesquisas sobre preservação da região amazônica. A iniciativa prevê uma ação conjunta entre São Paulo e os nove Estados da Amazônia Legal (Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins) com recursos a serem disponibilizados pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico.
Fim do investimento em projetos de energia fóssil e redução do uso de carvão
25 países e instituições financeiras públicas se comprometeram a encerrar financiamento de projetos de energia fóssil no exterior até 2022. Isso ajudará a desbloquear S$ 14,8bi por ano para a transição de energia limpa.
No Brazil Climate Action Hub, espaço dedicado às iniciativas da sociedade brasileira na COP26, o governador participou do painel “O carvão e os desafios da transição justa no Sul do Brasil”, ao lado de Nicole Oliveira (Instituto Internacional Arayara e Observatório do Carvão Mineral), de Lucie Pinson (Reclaim Finance), de Roberto Kishinami (Instituto Clima e Sociedade) e de Ricardo Baitelo (Instituto de Energia e Meio Ambiente – Iema).
Mais de 40 países que se comprometeram, na Cúpula do Clima (COP26), em Glasgow, na Escócia, com a eliminação do carvão, 11 instituições financeiras farão parte da aliança. Os números foram divulgados nas últimas horas pelo governo do Reino Unido, segundo a Agência Brasil.
Ainda assim, alguns dos países mais dependentes do carvão como fonte energética, entre eles a China, Austrália e os Estados Unidos, não se comprometeram com essa aliança. O governo ucraniano compromete-se a limitar a produção de carvão até 2035. Outros países, como o Chile, Singapura, Azerbaijão, Eslovênia e Estônia pretendem chegar ao mesmo objetivo dentro de 15 anos.