Testes moleculares para detecção do vírus zika –que permitem identificar o material genético do patógeno em fluidos como sangue, urina, sêmen e saliva durante a fase aguda da infecção– têm sido usados rotineiramente no pré-natal de gestantes com sintomas da doença.
Apesar disso, um novo estudo sugere que o resultado negativo obtido em um único exame pode não ser suficiente para tranquilizar familiares e médicos. Feito no Brasil, o trabalho será publicado em novembro na revista científica “Emerging Infectious Diseases”.
“Acompanhamos um grupo de gestantes com diagnóstico confirmado de zika e testamos sua urina ao longo de vários meses –com intervalos de aproximadamente uma semana. Em algumas dessas mulheres, a carga viral na urina sumia e depois voltava a aparecer”, disse Maurício Lacerda Nogueira, professor da Famerp (Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto) e coordenador da pesquisa apoiada pela Fapesp (Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo).