O quarto dia de debates do Fórum de Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável foi marcado pelo lançamento do Future Earth. A plataforma internacional pretende integrar pesquisas de vários países e diferentes setores. O diferencial é a participação também dos decisores políticos, o que irá promover maior diálogo entre ciência e sociedade.
Johan Rockström, Diretor Executivo da Stockholm Resilience Centre, um dos responsáveis pelo projeto, convocou a população para começar as mudanças. Ele ressaltou a importância que deve ser dada aos oceanos e a às alianças feitas entre entidades sustentáveis internacionais.
Ao ser questionado sobre o engajamento das agências no projeto, Carlos Henrique de Brito Cruz, Diretor Científico da Fapesp, argumentou que é preciso investimento: “É preciso ter recursos para fazer as mudanças. Caso contrário, serão apenas boas ideias”.
O papel da ciência no desenvolvimento sustentável foi lembrado por Bertha Becker, professora emérita da UFRJ. Ela defendeu a necessidade da integração entre os problemas locais e globais. “Precisamos aprender a lidar com a diferença que existe em cada lugar para podermos solucionar os problemas ambientais globais”, destacou. Diana Liverman, da Future Earth Transition Team, acrescentou que é fundamental a união entre cientistas sociais, físicos, ecologistas e economistas: “Todas as disciplinas precisam trabalhar juntas na análise dos problemas ambientais. Eu acredito que isso é possível”.
A mesa foi formada ainda por Neil Hawkins, vice-presidente do The Dow Chemical Company, Steven Wilson, diretor executivo do International Council for Science (ICSU) Joseph Alcamo, Cientista chefe da United Nations Environment Programme (UNEP) e Jakob Rhyner, vice-reitor da Europe, United Nations University (UNU).