Uma pesquisa realizada pela USP (Universidade de São Paulo) apontou que os frentistas de postos de combustíveis podem ter problemas de visão por conta da exposição aos solventes existentes na gasolina. O estudo mostrou que as perdas visuais significativas, em um grupo de 25 trabalhadores, estão principalmente relacionadas à capacidade de discriminar cores.
A pesquisa foi realizada, pois os frentistas têm contato diário com solventes da gasolina, como benzeno, tolueno e xileno, e não há um controle normativo forte. Há estudos que estabelecem limites de segurança para a exposição a solventes, mas de forma isolada.
“Não há parâmetros de segurança para a exposição à mistura de substâncias presentes na gasolina e praticamente ninguém faz uso de equipamentos de proteção individual”, disse Thiago Leiros Costa, bolsista da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado de São Paulo).
Os pesquisadores chegaram a conclusão que o impacto na visão seja decorrente do dano neurológico causado pelas substâncias tóxicas do combustível, absorvidas principalmente pelas mucosas da boca e do nariz.
“Encontramos alterações em todos os testes de visão de cores e de contrastes. Foi uma perda difusa de sensibilidade visual e isso sugere que foram afetados diferentes níveis de processamento”, contou Thiago.
Da reportagem local