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Fraqueza e obesidade abdominal podem indicar declínio funcional em homens (63 notícias)

Publicado em 04 de maio de 2022

Por Agência FAPESP

Estudo conduzido na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) sugere que profissionais de saúde podem detectar precocemente o declínio funcional em um paciente idoso, ou seja, a redução na capacidade de realizar tarefas do dia a dia de forma independente, observando seu desempenho em tarefas simples, como sentar e levantar de uma cadeira, se equilibrar parado ou andar uma curta distância.

Segundo a pesquisa, divulgada no American Journal of Clinical Nutrition, esse indicador é válido principalmente para homens com obesidade abdominal e fraqueza muscular.

O estudo foi realizado durante o doutorado de Roberta de Oliveira Máximo no Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia da UFSCar, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e orientação do professor Tiago da Silva Alexandre. E contou com a participação de pesquisadores da University College London, no Reino Unido. O grupo analisou dados de 3.875 idosos ingleses acompanhados por oito anos. Os voluntários tiveram o desempenho físico avaliado pelo Short Physical Performance Battery (SPPB), uma bateria de testes conhecida por profissionais de saúde que inclui a combinação de sentar e levantar da cadeira, equilíbrio estático e caminhada por 2,4 metros.

“O comprometimento no desempenho físico é o primeiro indicador de função prejudicada em idosos e é considerado uma fase de transição pré-clínica para incapacidade, ou seja, aparece antes das dificuldades em atividades cotidianas, como usar transporte, fazer compras, cuidar da casa e roupas, preparar refeições, tomar banho, se vestir, ir ao banheiro e se alimentar”, conta Alexandre.

“Assim, sua descoberta precoce poderia evitar incapacidades em atividades de vida diária nessa população.”

Como explica o pesquisador, o desempenho físico (ou desempenho físico funcional) é uma avaliação objetiva do estado funcional, que envolve a realização de uma tarefa específica avaliada por critérios

predeterminados (escores, contagem de repetições ou tempo da atividade). Difere da avaliação subjetiva do estado funcional, que envolve o autorrelato de atividades funcionais que o indivíduo faz ou não.

Fonte/veja.abril