Cerca de 20 instituições de ensino francesas estarão oferecendo mais de 50 opções de cursos acadêmicos e profissionalizantes no 1º Salão de Estudos na França, que acontece hoje e amanhã, na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. O evento foi organizado pela Edufrance, uma entidade governamental ligada aos Ministérios de Assuntos Estrangeiros e da Educação.
Para Patrick Chardenet, adido lingüístico do Consulado Geral da França, o salão é importante para atrair jovens brasileiros e para divulgar o ensino do país. "As pessoas têm, em geral, uma excelente visão sobre a França e o que ela oferece de bom: qualidade de vida, opções culturais, mas concretamente os jovens acabam optando pelos Estados Unidos", diz o adido.
A Edufrance investiu US$ 150 mil para a realização do evento. "Acreditamos que em cinco anos o salão será autosuficiente", informa Chardenet. Claude Allègre, ministro da Educação da França, vem ao Brasil para participar do salão. Amanhã, além de assinar dois convênios de cooperação entre instituições francesas e brasileiras, o ministro fará duas palestras. Uma sobre educação e outra, como pesquisador, onde falará sobre a formação da Terra.
A ligação econômica entre França e Brasil vem se estreitando nos últimos anos. Diversas empresas francesas estão investindo no País: as montadoras de veículos Renault e Peugeot, além de Rhodia, Danone e Michelin, entre outra.
Segundo dados do Consulado Geral, 350 mil pessoas estudam francês em centros de idiomas, escolas particulares ou universidades brasileiras. "Oficialmente estudam na França cerca de mil brasileiros. É muito pouco para um país como o Brasil", salienta o adido francês.
A Edufrance também está promovendo o salão de estudos em outros países, como México, China, Índia, Argentina e Líbano. Segundo Chardenet, um dos grandes atrativos do ensino francês, além de sua qualidade, é o custo. "A educação é prioridade do governo e o ensino custa pouco", informa ele. A taxa anual das universidades francesas custa entre US$ 200 e US$ 500. No caso de instituições particulares, os valores são maiores.
Entre as escolas que oferecem cursos na França estão o Conservatorie National des Arts et Métiers, Centre National d'Enseignement à Distance, Institut National Polytechnique de Lorraine, entre outras.
Para freqüentar os cursos oferecidos é necessário ter conhecimento básico de francês e também ter visto de estudante, ao qual a Edufrance facilita o acesso. Além do salão, a entidade pretende promover pequenos eventos do gênero em universidades e instituições brasileiras, como já fez na semana passada na PUC de São Paulo. "É uma forma de estar sempre em contato com os estudantes brasileiros", explica o adido. (A.P.F)
Notícia
Gazeta Mercantil