Um fóssil descoberto em 2004 no município de Agudo, no Rio Grande do Sul, pode ter aberto uma nova etapa na história evolutiva dos dinossauros. O achado está sendo considerado por pesquisadores gaúchos como "pai dos grandes terópodes" (dinossauros bípedes e carnívoros) do período Jurássico (de cerca de 200 milhões a 145 milhões de anos atrás).
Em entrevista à Agência Fapesp, o paleontólogo Sérgio Furtado Cabreira, da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), afirmou que o dinossauro preenche uma lacuna de 28 milhões de anos de evolução. Segundo ele, o animal, que ainda não tem nome, apresentava características muito evoluídas para a época, com peculiaridades que só apareceriam 28 milhões de anos mais tarde.
Uma das principais características é uma maior estabilidade aos movimentos em função de um número maior de vértebras sacrais. Segundo os pesquisadores, a fusão entre elas e o aumento do ílio (onde as vértebras se encaixam) dão maior rigidez à cintura pélvica do animal. O dinossauro tinha meio metro de altura, 1,5 metro de comprimento e cerca de 12 quilos.
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Tribuna do Norte (Natal, RN) online