A necessidade de prover o meio científico de maior poder de negociação com outros atores sociais levou o Fórum de Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa a apresentar proposta para avaliar os impactos dos projetos de pesquisa na sociedade. Ou seja, de "pesquisar a pesquisa".
A proposta foi apresentada durante a 51ª Reunião Anual da SBPC, em Porto Alegre.
João Carlos Cavalcanti, diretor da Fundação de Amparo à Pesquisa de Pernambuco (Facepe), apresentou o trabalho "Avaliação de Projetos e do Impacto das FAPs na Sociedade", que serviu de base para as discussões entre diretores das fundações.
A negociação do fomento da ciência com outros atores sociais começa pela demonstração da importância do investimento em pesquisa científica para a sociedade.
Em geral, a sociedade tende a cobrar resultados imediatos e em alguns casos até contesta a real necessidade de programas de incentivo à pesquisa.
Pedro César Dutra Fonseca, presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul (Fapergs), disse que a busca de indicadores é importante, porque através deles é possível justificar a importância do investimento. "A cada dia somos cobrados pela sociedade, e temos que ter respostas."
"Quanto mais nos afastamos da aplicação imediata da ciência, mais difícil fica a avaliação", analisa Francisco Romeu Landi, presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (Fapesp). "No caso das ciências humanas, então, é dificílimo."
Glaci Zancan, presidente da SBPC, e Sérgio Ferreira, ex-presidente, disponibilizaram a entidade a somar esforços em defesa da criação e do fortalecimento das FAPs em todos os estados.
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Jornal da Ciência online