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Fórum de pró-reitores de pós ocorre na Reitoria (1 notícias)

Publicado em 13 de abril de 2007

Evento debate desenvolvimento científico e tecnológico no País

Representantes de 42 universidades da Região Sudeste reuniram-se, na sede da Reitoria em São Paulo (SP), nos dias 12 e 13 de abril, no Fórum de Pró-reitores de Pós-graduação e Pesquisa (Forprope). A região representa mais da metade da produção científica do País, com 1.237 cursos.
Estavam presentes o reitor da UNESP Marcos Macari, o presidente da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) Jorge Guimarães e o diretor científico da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) Carlos Henrique de Brito Cruz.
"Vamos aprofundar temas como a vinculação das metas, das estratégias e dos mecanismos que viabilizam a maior articulação entre a graduação, a pós-graduação e as áreas de desenvolvimento científico e tecnológico no período entre 2005 e 2010", disse Marilza Rudge, coordenadora do evento e pró-reitora de Pós-graduação da UNESP. "Em um cenário cada vez mais competitivo internacionalmente, a Região Sudeste tem grandes desafios a enfrentar na criação de competências e na produção de conhecimento."
Segundo Guimarães, a Capes, responsável por 54% do total de bolsas de pós-graduação concedidas no Brasil, pretende ampliar os programas de pós-graduação das engenharias, que aumentaram apenas 1%, nos últimos 10 anos. "Os projetos de engenharia são estratégicos para o desenvolvimento industrial porque impulsionam outras áreas do conhecimento", justificou.
Entre outras metas para os próximos anos, ele destacou o maior investimento em programas de pós-doutorado e de mestrado profissional, em parceria com empresas privadas.
Para Brito, a grande diferença dos investimentos em pesquisa, em relação a outros países, está na participação das indústrias. "Dos recursos para área no Brasil, 0,6% vem dos governos e apenas 0,4% vem das empresas, diferentemente do Japão em que o estado investe 0,6 e as indústrias 2%".
O diretor científico alertou também para o "perigo da onda do utilitarismo", referindo-se às críticas de que as universidades deveriam dar maior preferência às pesquisas aplicadas em detrimento às teóricas e às básicas. "Quando os autores Bardeen e Brattain, em 1951, criaram o primeiro transistor como um amplificador de corrente elétrica, não imaginavam que, em 2006, o invento fosse mais produzido que grãos de arroz em todo mundo", exemplificou.
Os participantes vão elaborar um Plano Sudeste de Pesquisa e Pós-graduação com as conclusões da reunião que será encaminhado ao Fórum Nacional.