A informação que circulava nos bastidores de que Nísia Trindade seria demitida do Ministério da Saúde se confirmou na última terça-feira (25). Agora, a pasta terá como novo ministro o ex-chefe da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Alexandre Padilha.
Padilha tem 53 anos, é médico infectologista e se elegeu deputado federal por São Paulo (SP) em 2019, conseguindo reeleição em 2022, mas tendo que se licenciar para assumir a SRI.
O novo chefe da Saúde nacional avalia que trabalhos de avanços no Sistema Único de Saúde (SUS) devem ser prioridade.
“Fortalecer o SUS continuará sendo a nossa grande causa, com atenção especial para a redução do tempo de espera de quem busca cuidado na rede de saúde na rede de saúde. Esse é o comando que recebi do presidente Lula e ao qual vou me dedicar integralmente”, afirmou.
Bastão passado com respeito
Apesar da saída de Nísia ter sido uma decisão do presidente Lula (PT), a transição entre as duas lideranças se dá com consideração, como relata Padilha.
“Tenho profunda admiração e carinho pela minha amiga Nísia Trindade, com quem tive a honra de trabalhar nesses dois anos. Símbolo de compromisso e seriedade à frente da Fiocruz e do Ministério da Saúde, Nísia deixa um legado de reconstrução do SUS, após anos de gestões negacionistas, que nos custaram centenas de milhares de vidas”, expressou.
A troca de Trindade por Padilha se deu horas após o Governo Federal anunciar produção em larga escala da vacina nacional contra a dengue. Imunizantes para combater influenza H5N8, vírus sincicial e investimentos em produção de insulina glargina também foram divulgados.
Lula comemorou o desenvolvimento. “Mais um importante passo para a imunização do nosso país e para a saúde dos brasileiros”, disse.