Representantes de grandes companhias, como Bayer, Banespa, Pirelli, Lacta e Abril, além de pequenas e médias empresas estiveram ontem, na sede da GAZETA MERCANTIL, em São Paulo, para conhecer o programa Educação para Competitividade, da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e do Instituto Herbert Levy. Ao todo, durante os dois "workshops" realizados, compareceram cem pessoas, entre gerentes e analistas de recursos humanos, psicólogos e pedagogos.
O programa da Finep prevê o financiamento de projetos educacionais para grandes companhias, mas está estudando também o acesso do crédito às pequenas e médias. Em princípio, sua participação no orçamento de R$ 100 milhões do governo federal se daria por meio da criação de consórcios de empresas.
A Finep financia os programas com juros de 0 a 2.5% ao ano e dá carência de três anos para pagar, com amortização da dívida em até sete anos. Yara Martins, analista de treinamento da Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC), conta que a empresa adota o sistema educacional para seus funcionários há dois anos e que cerca de 260 deles já retornaram à escola devido a esse projeto. "Temos parcerias com o Colégio Monsenhor e o Senai. A empresa participa com metade da carga horária das aulas e o funcionário com a outra metade".
CRITÉRIOS DE APROVAÇÃO
Os critérios para que a Finep aprove os projetos são principalmente relacionados à idoneidade das instituições, currículos dos cursos e objetivos educacionais das empresas. Os técnicos da Finep esclareceram que não há chances de aprovar projetos que sejam considerados apenas formadores de mão-de-obra ou "adestradores".
Yara lembrou que para que os projetos sejam bem-sucedidos, como o da CBC cuja evasão é quase zero, é necessário dar condições básicas para a educação do funcionário, como transporte, lanche e criação de horários especiais para as aulas. "Não adianta ter aulas em horários incompatíveis com o trabalho, sem alimentação ou transportes adequados", disse.
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Gazeta Mercantil