A Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) propôs novas diretrizes para impulsionar as deep techs no Brasil. Essas startups, que baseiam suas soluções em pesquisas científicas e engenharia avançada, enfrentam desafios únicos e necessitam de incentivos específicos. A proposta foi apresentada durante a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CNCTI) em Brasília.
Fernando Peregrino, chefe de gabinete da presidência da Finep, destacou a necessidade de apoio substancial em pesquisa e desenvolvimento (P&D) e investimentos de alto risco para essas empresas. “As deep techs exigem aportes significativos nas fases iniciais, devido ao seu foco em problemas complexos que grandes corporações muitas vezes ignoram”, explicou Peregrino.
A oncologista Patricia Rozenchan, da Celluris, e o engenheiro de produção Plinio Targa, da brain4care, corroboraram a importância de tais incentivos. A Celluris, por exemplo, trabalha com imunoterapia para tratar cânceres, enquanto a brain4care desenvolveu um sensor não invasivo para monitorar hipertensão intracraniana. Ambos enfatizaram a necessidade de inovação e apoio governamental.
O documento da Finep revela que Brasil e Argentina lideram na América Latina em iniciativas deep tech, com 30% de participação cada. Entre as propostas, destacam-se a simplificação de processos regulatórios, a criação de mecanismos de financiamento misto (público, privado e filantrópico) e o uso de compras governamentais para estimular o mercado.
Fonte: Agência FAPESP