O ano de 2014 começou com muitas vitórias para a causa animal. Uma delas é que no Estado de São Paulo não haverá mais testes em animais para produzir cosméticos, perfumes e produtos de higiene. Isso é o que diz a lei sancionada pelo governador Geraldo Alckmin no dia 23 de janeiro de 2014. Em dezembro do ano anterior, o projeto já havia sido aprovado pela Assembleia Legislativa e no seu texto consta que a multa a ser pega pela empresa que descumprir a lei será de cerca de R$ 1 milhão e para o profissional será no valor de R$ 40 mil. A fiscalização desse projeto, que já deve começar nesse primeiro semestre de 2014, ficará a cargo da Secretaria de Saúde do Estado. Com essa iniciativa, São Paulo passa a ser o primeiro Estado da América Latina a proibir teste em animais para fabricação de produtos estéticos. Dessa forma, segue o mesmo caminho da União Europeia, Índia e Israel.
Em um pronunciamento no Palácio dos Bandeirantes, no Morumbi, na zona sul da capital paulista, Alckmin disse que o tema foi profundamente estudado, inclusive a legislação internacional. “Ouvimos a entidade defensora dos animais, a indústria, cientistas, pesquisadores da Fapesp, veterinários, médicos e biólogos.”
Odete Miranda, membro da comissão antiviviseccionista (contrária a experimento com animais vivos) e professora da Faculdade de Medicina do ABC, declarou que “essa aprovação não atingirá as grandes empresas do setor, pois já não recorrem a esses métodos, mas as pequenas”. Também estão proibidas as importações de cosméticos de empresas que utilizam bichos para testes.
Deixar de usar animais para testes em produtos estéticos é um passo importante, afinal quando se fala do mercado de beleza, o Brasil é o sétimo produtor mundial de cosméticos, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos. As alternativas a esses testes são as simulações computacionais, testes in vitro, estudos de moléculas e células e experimentos em peles artificiais.