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Filósofo político comenta sobre a cumplicidade de empresas com a Ditadura Militar em troca de benefícios econômicos (1 notícias)

Publicado em 04 de agosto de 2023

Edson Teles analisa a pesquisa entitulada como "A responsabilidade de empresas por violações de direitos durante a Ditadura"

Em entrevista à Rádio Metropole, nesta sexta-feira (4), o professor de filosofia política da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, Edson Teles, comentou sobre a pesquisa "A responsabilidade de empresas por violações de direitos durante a Ditadura", conduzida pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Segundo Edson, o estudo ilustra que as violações aconteciam em troca de benefícios econômicos. Na lista das empresas catalogadas estão Volkswagen, Fiat, Petrobras, Itaipu, Companhia Docas de Santos, Folha de S. Paulo, Ultragaz, entre outras.

“São diferentes formas de participação, mas o comum nessas empresas é uma grande promiscuidade entre o funcionamento da empresa e o aparato repressivo [..] Sempre havia interesses, como acionar instituições como Funai e Incra para alterarem mapas de terras indígenas e expandir negócios, em troca de entregar trabalhadores”, contou o filósofo.

A pesquisa foi iniciada no ano de 2021 e investigou atuação dos negócios em quatro regiões do país: Norte, Nordeste, Sudeste e Sul, demandando que a Unifesp organizasse uma rede de pesquisadores envolvendo outras instituições de pesquisa de ensino, o que totalizou na média de 60 pesquisadores, mais ou menos uma média de 6 pesquisadores por empresas.

“Foram coletados os materiais que indicavam essa cumplicidade e com isso foram demonstradas uma série de violações com diferentes graus entre as empresas e com também diferentes impactos aos seus trabalhadores e as comunidades no entorno”.

Confira a entrevista na íntegra: