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Fiesp e entidades validam documento com propostas de estratégias para inovação e emprendedorismo no país (1 notícias)

Publicado em 07 de outubro de 2014

Por Alice Assunção

Um documento com recomendações para a alavancagem de ecossistemas regionais de inovação no país foi elaborado pelo Conselho Superior de Inovação e Competitividade (Conic) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e por outras entidades ligadas ao tema e deve ser apresentado aos novos governantes.

O Movimento Intencional e Colaborativo para Cultivar Ecossistemas Regionais de Inovação foi apresentado nesta terça-feira (07/10) durante o seminário “Estratégias para Inovação e Empreendedorismo”, na Fiesp, para representantes da agência de fomento Desenvolve SP, da Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei), da Anjos do Brasil , do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo (Sebrae-SP), entre outras entidades.|

“O objetivo do nosso encontro é fazer a discussão e validação desse documento, uma vez que o próximo passo seria aprovar o documento e encaminhar isso às autoridades do executivo”, afirmou Rodrigo Rocha Loures, presidente do Conic da Fiesp.

Ao analisar a situação da cultura de inovação do país, os autores do relatório indicam quatro áreas prioritárias de atuação para estabelecer um ambiente adequado para os ecossistemas regionais de inovação. São elas: cultura e educação empreendedora, cujo documento aponta com fundamental para o “bem estar social”, segurança jurídica, ambiente regulatório e ambiente confiável para investimento.

Para o vice-presidente da Anpei, Humberto Luiz de Rodrigues Pereira, a falta de confiança por parte de empreendedores em investir dentro do arcabouço jurídico em vigor é o maior desafio para estimular a cultura da inovação no país.

“A falta de confiança está permeada em todas as transações das nossas relações. Não vejo a gente tendo problemas no atacado com as grandes visões estratégicas, mas na hora da execução, no que se detalha a burocracia, eu ouço em quase todos os depoimentos que a dificuldade se revela”, analisou Pereira em sua contribuição para o documento.

Na avaliação de Maria Rita Spina, diretora executiva da Anjos do Brasil, entidade de fomento ao investimento-anjo, o ecossistema não estimula apenas a competição entre as startups, mas também a colaboração entre os atores.

“Essa relação de cooperação traz resultado diferente”, completou Maria Rita.

Ela acrescentou ainda que a iniciativa de elaborar um documento com propostas para fortalecer os ecossistemas reflete a integração do segmento de empreendedorismo e inovação.

“É claro que existem questões específicas, mas, mais do que isso, existe algo que é comum e vemos é preciso estar integrado, conhecer os programas uns dos outros”, disse a fundadora do Anjos.

O vice-presidente de Tecnologia do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD), Cláudio Violato, também participou do debate sobre as propostas e afirmou: “queremos engajar fortemente nos desdobramentos desse documento”.

Propostas

O documento que deverá ser assinado por diversas entidades propõe que os ecossistemas regionais de inovação sejam apoiados por políticas públicas formuladas em conjunto com as partes interessadas do segmento.

A agenda também recomenda o estímulo de startups “como nova força motora do desenvolvimento do Brasil, tanto pela geração direta de riqueza e emprego, como por sua participação na cadeia de valor das médias e grandes empresas”.

“O Sebrae-SP está totalmente de acordo com esse documento e esperamos que isso possa ser o início de uma grande revolução no Brasil, permitindo que existam, dentro do nosso território, empresas que possam fazer a diferença no mercado global”, afirmou Antonio Carlos Larubia, consultor da Unidade de Desenvolvimento e Inovação do Sebrae-SP.

Ao comentar a proposta de incentivo à cultura e educação empreendedora, o gerente de negócios da Desenvolve SP, Mauro Miranda, afirmou que os esforços para estimular esse comportamento também deveriam abranger a importância de um plano de negócios detalhado nos projetos.

“Não existe maturação muito grande nos planos de negócios apresentados à Desenvolve SP. Tem um estudo técnico muito aprofundado, mas não de mercado. E para projetos de investimento precisamos da viabilidade econômica”, esclareceu Miranda.

Também participaram das discussões o membro do Conselho Consultivo e diretor-executivo do Sapiens Parque em Florianópolis (SC), José Eduardo Fiates; o presidente do Comitê de Empreendedorismo e Venture Capital da Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (ABVCAP), Rodrigo Menese; e o coordenador dos Centros de Pesquisa, Inovação, Difusão (Cepids) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Herman Chaimovich.

Agência Indusnet Fiesp