Trata-se de um feijão instantâneo semi-pronto desenvolvido pela Green Technologies, empresa pertencente à Incubadora de Empresas de Base Tecnológica da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)
Thiago Romero escreve para a 'Agência Fapesp':
Em breve não será mais preciso pôr mais água no feijão ao receber mais convidados do que o esperado. A alternativa dispensa até mesmo a panela de pressão e permite preparar o alimento em apenas cinco minutos, em panela comum ou no forno de microondas.
Trata-se de um feijão instantâneo semi-pronto desenvolvido pela Green Technologies, empresa pertencente à Incubadora de Empresas de Base Tecnológica da Unicamp. O produto deverá estar no mercado dentro de seis meses.
Além da rapidez no preparo, o produto mantém o alto valor dos nutrientes e a manutenção de sua estrutura natural. 'A tecnologia utiliza um método de cozimento a vapor de alta pressão que preserva todas as propriedades nutricionais e sensoriais do feijão, como gosto e aroma', disse o diretor da Green Technologies, Franz Salces Ruiz, à 'Agência Fapesp'.
O processo envolve matérias-primas e métodos de conservação naturais, sem a adição de conservantes químicos, radiação e outros componentes. Segundo Ruiz, o feijão instantâneo é oferecido congelado para aumentar o tempo de conservação do alimento.
'O produto é capaz de manter uma qualidade superior ao método de preparo doméstico, pois com um tempo de cozimento menor, os níveis nutricionais chegam a ser maiores', disse. 'A idéia é combinar os aspectos práticos da cozinha brasileira com um produto de alto valor nutritivo.'
A tecnologia, desenvolvida com o apoio financeiro da Fapesp, dentro do Programa de Inovação Tecnológica em Pequenas Empresas (Pipe), evita a formação de compostos indesejáveis que poderiam produzir um sabor amargo no alimento.
A solução não se resume ao feijão. A série de produtos desenvolvida pela Green Technologies, com o nome Conveniência e Saúde, também inclui soja, salada, arroz integral, cereais matinais e salgadinhos protéicos. 'O segredo é que em todos esses produtos nós conseguimos manter as características que o paladar brasileiro exige', ressalta Ruiz.
Segundo o diretor da empresa, a tecnologia está sendo desenvolvida em escala industrial, de olhos principalmente no mercado externo. 'Estamos trabalhando para que os produtos sejam exportados para a Ásia, Europa e EUA', disse.
A comercialização do produto se dará por meio de uma parceria firmada entre a Green Technologies e a ATI-Gel, de Atibaia, que atua no mercado de legumes e vegetais congelados.
(Agência Fapesp. 31/8)
JC e-mail 2597, de 31 de Agosto de 2004.
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