Pesquisa brasileira descobriu que um hormônio é liberado ao fazer exercícios, sendo responsável em proteger os rins dos danos da doença diabetes.
Pesquisadores da Unicamp, com o apoio da FAPESP, publicaram um estudo em que constataram que um hormônio chamado irisina, liberado ao fazer exercício, pode prevenir de maneira significativa os danos renais provocados pelo diabetes.
Isso só nos mostra como o Brasil é referência em diversos estudos, seja na área da saúde como em outras. Este tipo de descoberta pode melhorar a qualidade de vida de muitas pessoas que sofrem com a doença.
Diabetes é silenciosa
Mais de 537 milhões de pessoas no mundo têm diabetes, o que corresponde a 10,5% da população mundial. Já é do conhecimento geral que fazer exercícios promovem melhorias na qualidade de vida de todos, independentemente da doença. Mas com o novo estudo, os diabéticos estão com mais um motivo para praticar esportes.
20% a 40% dos diabetes terão problemas renais devido a doença. A presença de albumina na urina indica que a degradação dos rins está começando. Agora sabemos que fazer exercícios ajuda a proteger esses órgãos.
Ao fazer exercícios irisina é liberada
Conhecida como o hormônio do exercício, a irisina é liberada pelo músculo quando a pessoa faz alguma atividade física. Os estudos mostram que fazer exercício aeróbico aumenta a quantidade da substância na corrente sanguínea e nos rins.
O aumento da irisina na circulação e o aumento da enzima AMPK atuam como protetores dos rins. Esse aumento ocorre após fazer exercícios e juntas elas criam uma nefroproteção.
Pesquisa comprova: fazer exercícios protege os rins
A pesquisa para comprar que fazer exercícios protege os rins dos danos do diabetes aconteceu por etapas e concluiu que a prática esportiva é fundamental.
Os pesquisadores induziram o diabetes em ratos e passaram a verificar os danos renais nos roedores. Os animais foram divididos em três grupos: grupo de controle, grupo de diabéticos sedentários e grupo de diabéticos exercitados em esteira rolante.
Para a segunda etapa, foram injetados medicamentos no grupo diabético exercitados, para bloquear a ação do hormônio irisina nos rins. Com o bloqueio, a falta da irisina fez com que a proteção do exercício no rim de um diabético fosse extinta.