O prêmio "Faz Diferença" é realizado pelo jornal "O Globo" com o patrocínio da Firjan Sesi. Ele reconhece pessoas que se destacaram em suas áreas de atuação no ano anterior.
No entanto, a força dos acontecimentos fez o prêmio abrir uma exceção, criando uma homenagem para pessoas que fizeram a diferença em 2024, fora das áreas em que costumam atuar. Essas pessoas foram representadas pelo engenheiro e professor Maurício Paixão, que ajudou no resgate de centenas de vítimas. Ele deixou um discurso agradecendo a todos que participaram e esperando que a reconstrução do estado seja pautada no desenvolvimento sustentável e na ciência também.
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) foi premiado na categoria Brasil por alertar contra os extremos do clima. A força da ciência também foi reconhecida na área da saúde com a premiação do infectologista Esper Kallás. Ele é o atual diretor do Instituto Butantan, pioneiro no mundo na vacina contra a dengue.
A pedagoga Telma Vinha foi escolhida na categoria Educação pelo trabalho de prevenção à violência nas escolas. A Oficina Muda também foi premiada, que produz moda com resíduos que seriam descartados por outras grifes. A ativista Maha Mamo foi escolhida na categoria Diversidade, que luta pelos direitos dos 4 milhões de pessoas sem pátria que existem no mundo.
A voz de Paolla Oliveira se levantou contra a imposição de padrões de beleza. A vencedora na música completou 50 anos de carreira. O Brasil agradece a Alcione. A Academia Brasileira de Letras foi reconhecida pela defesa da liberdade de expressão.
No esporte, o escolhido foi Fernando Diniz, que levou o Fluminense ao título da Libertadores. Na categoria Diversidade, o vencedor também está nos gramados: Vinícius Júnior, que com seus gestos e palavras inspirou a luta antirracista no mundo inteiro.
Guilherme Moura virou um símbolo da luta contra a epidermólise bolhosa, uma rara condição genética que exige cuidados constantes. Rosane Svartman ganhou na categoria TV com a novela "Vai na Fé". O documentário "Vale o Escrito" ganhou na categoria Audiovisual.
A defesa intransigente da democracia fez da ministra Rosa Weber a personalidade do ano. Ela era a presidente do STF durante os atentados do 8 de janeiro. A ministra mandou uma mensagem de Porto Alegre, onde faz questão de permanecer enquanto durarem as enchentes.
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