Estudo realizado no Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) mostrou que o fármaco sofosbuvir, utilizado no tratamento da HEPATITE C crônica, é capaz de eliminar também os vírus da CHIKUNGUNYA e da FEBRE AMARELA.
“Células humanas infectadas pelo vírus da chikungunya foram tratadas com sofosbuvir e o fármaco eliminou o vírus sem danificar as células. A droga se mostrou 11 vezes mais efetiva contra o vírus do que contra as células”, disse uma das autoras do estudo, Rafaela Milan Bonotto.
O estudo relativo à chikungunya foi realizado no âmbito do doutorado de Bonotto com Bolsa da FAPESP, com orientação do professor Lucio Freitas-Junior.[1]
O artigo “Evaluation of broad-spectrum antiviral compounds against chikungunya infection using a phenotypic screening strategy” está disponível em [4].
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Sobre o Sofosbuvir — “Sofosbuvir (nomes comerciais: Sovaldi e Virunon) é um fármaco utilizado em casos de hepatite C crônica. Foi eleito pela Revista Forbes como medicamento mais importante aprovado no ano de 2013.
O Sofosbuvir (substância ativa) é um agente antiviral de ação direta contra o vírus da Hepatite C. O Sofosbuvir (substância ativa) é um inibidor da polimerase NS5B do vírus da hepatite C, uma enzima essencial para a replicação do vírus. O Sofosbuvir (substância ativa) pode ser incorporado ao RNA do vírus da Hepatite C e agir inibindo a replicação do vírus.”[2]
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“O Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) acaba de obter o registro do sofosbuvir 400 mg, principal medicamento para hepatite C, capaz de curar o paciente sem a necessidade de transplante de fígado. Com o deferimento, publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira (2/7), a unidade poderá iniciar imediatamente a distribuição do produto no Sistema Único de Saúde (SUS).
Isso será possível graças a uma Parceria de Desenvolvimento Produtivo (PDP) envolvendo, além de Farmanguinhos, os laboratórios nacionais Blanver Farmoquímica e Farmacêutica S.A. e Microbiológica Química e Farmacêutica LTDA. O acordo tem duração de cinco anos e permitirá uma economia de cerca de 60% aos cofres públicos ao longo desse período.
Transferência reversa – A internalização da tecnologia do sofosbuvir se dará por meio de transferência reversa: começa pela etapa final (análise de controle de qualidade e embalagem) e, aos poucos, Farmanguinhos vai absorvendo os demais processos. Desta forma, nos três primeiros anos, o medicamento será totalmente fabricado no laboratório parceiro. A partir do 4º, o Instituto passa a produzir metade da demanda. Ao final da transferência, toda a produção será executada no Complexo Tecnológico de Medicamentos (CTM) de Farmanguinhos.
A previsão é de que em 2023 o Instituto esteja capacitado para atender a toda a demanda nacional. Atualmente, estima-se que cerca de 1,4 a 1,7 milhão de pessoas vivam com o vírus da hepatite C no Brasil. Muitas delas desconhecem o diagnóstico, a forma como foram infectadas e, ainda, que existe tratamento para a doença.”[3]
[1] http://agencia.fapesp.br/farmaco-capaz-de-eliminar-os-virus-da-chikungunya-e-da-febre-amarela-e-identificado/29148/
[2] https://pt.wikipedia.org/wiki/Sofosbuvir
[3] http://www.far.fiocruz.br/2018/07/farmanguinhos-obtem-registro-do-antiviral-sofosbuvir/
[4] https://f1000research.com/articles/7-1730/v1
[ACP]