O último painel da FAPESP Week, em 17 de outubro de 2014, foi dedicado à relação entre a humanidade e o meio ambiente. O Centro Alemão de Ciência e Inovação – São Paulo (DWIH-SP) é parceiro da FAPESP Week e participou do evento em Munique.
Na discussão, o professor Gilberto Camara Neto, pesquisador licenciado do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e ocupante da Cátedra Brasil na Universidade de Münster, na Alemanha, falou sobre como o monitoramento remoto por satélite pode ajudar as nações em questões como desmatamento e mudança de uso da terra e a criar modelos que permitam prever o que acontecerá no futuro.
"Uma imagem de satélite isolada não diz muito. É preciso fazer uma série temporal e avaliar a dinâmica da paisagem. O grande desafio do cientista hoje é encontrar soluções para lidar com o enorme volume de dados gerados pelos métodos de observação. Para isso, é preciso recorrer ao poder de abstração e a ferramentas da Matemática e da Ciência da Computação", disse.
Unindo partes de softwares de acesso aberto, Camara está montando um ambiente computacional para a observação da Terra, que poderá também ser utilizado na análise de outros tipos de dados.
"Não desenvolvemos tudo sozinhos, pois são programas de alta complexidade. Mas a engenharia de colocar as coisas juntas e a ideia de usar isso para problemas concretos – no caso, o mapeamento do uso da terra no Brasil e no mundo – são nossas", contou.
Universidade de Münster no Brasil
A Westfälische Wilhelms-Universität (WWU) é uma universidade tradicional com uma história de mais de 230 anos, que com cerca de 39.000 estudantes está entre as maiores escolas superiores da Alemanha.
Há mais de 30 anos, a WWU mantém intensos contatos com pesquisadores e universidades no Brasil. Atualmente existem cerca de 30 cooperações com 20 universidades brasileiras, nas mais diversas áreas. Isso levou, em 2010, à fundação do Centro Brasileiro da Universidade de Münster. Por meio de seu escritório de contato em São Paulo, que integra o DWIH-SP, o Centro Brasileiro oferece um serviço de apoio para universidades e estudantes brasileiros interessados em estudar e pesquisar na Alemanha.
Para ler a reportagem na íntegra, acesse o site da Agência FAPESP.
Notícia
Centro Alemão de Ciência e Inovação - São Paulo