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Fapesp tem maior desembolso da sua história

Publicado em 23 junho 2009

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) desembolou, em 2008, R$ 638 milhões para financiar pesquisas, um aumento de 16% em relação ao desembolso do ano anterior, a fundação informou em comunicado.

Para a fundação, 2008 foi o ano com o maior desembolso da sua história. A área que recebeu o maior número de concessões de bolsas foi a de Ciências Biológicas, seguida por Humanidades, Ciências Humanas e Ciências Sociais Aplicadas, segundo o diretor científico da Fapesp, Carlos Henrique de Brito Cruz.

Em oito anos, a fundação investiu um total de R$ 3,9 bilhões em projetos de pesquisa.

A receita da Fapesp no ano passado foi de R$ 769,33 milhões, vindos de recursos próprios e de convênios, um volume 21,6% superior ao de 2007.

Segundo o presidente da fundação, Celso Lafer, isso é resultado de muitas ações, entre elas a promoção de seminários e workshops, relacionadas aos diversos programas de pesquisa que financia.

"Esse conjunto de atividades permite a criação de redes entre os próprios pesquisadores brasileiros, que passam a interagir e a ter conhecimento sobre o que se passa em suas áreas de interesse e sobre as necessidades de pesquisa", disse Lafer.

Essa interação viabiliza o estabelecimento de acordos e convênios com outras fundações de apoio a pesquisa, órgãos e empresas que possibilitam a formalização de redes nacionais de pesquisa e o avanço da ciência brasileira.

De acordo com Brito Cruz, os investimentos feitos pela Fundação podem ser classificados em três grandes categorias, a formação de recursos humanos, o apoio à pesquisa científica acadêmica e pesquisas orientadas a aplicações.

A formação de recursos humanos, com 35% do desembolso, é parte essencial da estratégia da FAPESP para formar as novas gerações de cientistas em São Paulo e no Brasil.

O Apoio à Pesquisa Acadêmica, motivada pela curiosidade do cientista, recebeu 56% dos desembolsos.

Para a Pesquisa Orientada a Aplicações, na qual se incluem importantes programas como Biota, BIOEN, Mudanças Climáticas, Tidia, Políticas Públicas, CInAPCe, PIPE e PITE, foram desembolsados 9% dos recursos e esse percentual reflete o aumento da oferta por outras agências de recursos para projetos dirigidos a aplicações.