Fonte: Folha de S.Paulo
Notícia publicada em: 14/09/2016
Autor: indefinido
O fato de a concessão de bolsas e auxílios de pesquisa na Fapesp serem baseados na meritocracia, para o presidente José Goldemberg, é que faz a fundação sempre apoiar ideias criativas, inovadoras.
A afirmação sobre a utilidade da pesquisa bancada pela Fapesp vai de encontro ao discurso do governador Geraldo Alckmin (PSDB).
Em abril deste ano, o tucano disse, em reunião de secretários, que a Fapesp vem priorizando estudos sem utilidade pública.
Relativamente baratas de serem realizadas, as pesquisas em ciências humanas, criticadas pelo governador, recebem cerca de 10% dos recursos da instituição anualmente.
“Sobre a afirmação do governador,é importante contar a história toda”, afirma Goldemberg.
“Temos um quantidade muito grande de programas que não são acadêmicos como no passado”.
Cerca de metade do orçamento investido pela Fapesp em 2015 foi aplicado em pesquisa com vistas em aplicações diretas.
RELATÓRIO
A fundação lança hoje o Relatório de Atividades de 2015. A porcentagem do ICMS recebido do Estado em 2015 ficou em cerca de R$ 1 bilhão. No mesmo período foram gastos R$ 1,2 bilhão.
“Em 2015, aprovamos um Pipe (Programa de Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas) por dia.
São programas ótimos, a fundo perdido. Na Olimpíada, os balões que faziam monitoramentos climáticos saíram de uma dessas start-ups.” “Nós não geramos nenhum Bill Gates ainda, mas a França também não. A Inglaterra também não. Quando há um sistema sólido, essas pessoas vão aparecendo”, diz Goldemberg.